Pesquisa realizada pela Travessia - Estratégias em Inclusão revela um cenário bem preocupante no que diz respeito à inclusão e construção de ambientes de trabalho seguros para as pessoas LGBT+. Segundo o levantamento, 53% dos respondentes informaram que conhecem alguém que já sofreu preconceito no trabalho, e 24% afirmaram que já foram vítimas de violência no ambiente de trabalho por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero.
A pesquisa da Travessia - Estratégias em Inclusão coletou anonimamente dados de 111 colaboradores LGBTQIAPN+ de empresas de diversos segmentos e em todas as regiões do Brasil. A pesquisa foi dividida em 7 blocos, com um total de 48 perguntas, elaboradas para medir a eficiência de práticas de inclusão voltadas para esta comunidade.
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Outro dado alarmante da pesquisa aponta que 75% dos participantes afirmaram que na empresa em que trabalham não há programas de contratação afirmativa para pessoas LGBTQIAPN+, e 60% disseram que não há metas institucionais de inclusão de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
A pesquisa também mensurou dados relacionados aos colaboradores trans, indicando que 50% declararam não existir políticas de apoio a colaboradores trans e travestis durante o processo de transição de gênero, como apoio psicológico, jurídico, financeiro e atendimento de saúde especializado.
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Vini Michelucci, sócia na Travessia e à frente das ações de diversidade para a comunidade LGBTQIAPN+, destaca que os dados revelaram a necessidade contínua das empresas manterem a pauta de inclusão LGBTQIAPN+ no radar e seguirem aprimorando as ações e políticas que garantam um ambiente de trabalho saudável, seguro e produtivo para profissionais desta comunidade.
Confira abaixo outros dados da pesquisa:
- 36% dos respondentes afirmaram que as empresas não promovem ações efetivas de prevenção e combate à discriminação contra pessoas LGBTQIAPN+;
- 50% dos respondentes afirmaram que as lideranças da empresa ou organização não estão genuinamente comprometidas em criar e manter um ambiente inclusivo para pessoas LGBTQIAPN+;
- 29,33% dos respondentes não confiam nos canais internos da empresa ou organização para endereçar assuntos relacionados à discriminação, assédio ou violência contra pessoas da comunidade;
- 42,67% dos respondentes não entendem que as empresas ou organizações estejam preparadas para acolher denúncias ou reclamações de pessoas LGBTQIAPN+;
- 30,67% das pessoas desistiram de buscar suporte dos canais internos por não acreditar que os problemas seriam solucionados; e
- 55,4% dos respondentes afirmaram que a empresa ou organização não possui um processo de recrutamento e seleção inclusivo para pessoas LGBTQIAPN+.