LGBTFOBIA

PL que torna LGBTcídio crime hediondo avança na Câmara dos Deputados

Projeto foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos; deputados bolsonaristas votaram contra a proposta

PL torna LGBTcídio crime hediondo.Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (3), o Projeto de Lei (PL) 7292/2017, que inclui o LGBTcídio (homicídio contra pessoas da comunidade LGBT) no rol dos crimes hediondos.

O PL é de autoria da deputada Luizianne Lins (PT-CE) e foi relatado pela deputada Erika Kokay (PT-DF). Por definição, crime hediondo é aquele de natureza grave, em que não cabe fiança ou anistia.

Para a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) a aprovação do PL é importante porque, mesmo com a LGBTFobia sendo crime inafiançável e imprescritível, equiparado ao crime de racismo pelo STF desde 2019, não havia uma legislação específica para o LGBTCídio. 

"O Projeto também tem seu valor no nosso cotidiano: Ao reconhecer essa violência na nossa Legislação e Código Penal, ela é combatida antes mesmo de ocorrer", acrescentou a parlamentar. 

Hilton também lamentou o fato de que, somente agora, é possível celebrar o avanço de uma lei que pune com a devida pena aqueles que matam pessoas LGBTs por elas serem quem são.

Ao todo, a votação foi teve 10 votos a favor e cinco contrários. Os deputados que se posicionaram contra o projeto foram dos partidos PL e Republicanos, o que não cabe surpresa:

  • Helio Lopes (PL-RJ) 
  • Julia Zanatta (PL-SC)
  • Pr.Marco Feliciano (PL-SP)
  • Delegado Bilynskyj (PL-SP)
  • Messias Donato (REPUBLICANOS-ES)

O deputado Marco Feliciano chegou a apresentar um requerimento para retirar a votação da pauta, que foi rejeitado por nove votos.