Alberto Santos Dumont, a primeira pessoa a decolar a bordo de um avião movido a motor de gasolina, nasceu no interior de Minas Gerais, em Palmira, município da macrorregião de Juiz de Fora, em 20 de julho de 1873.
Considerado, no Brasil, o pai da aviação, Dumont também foi o ganhador do prêmio internacional Deutsch de la Meurthe de 1901, que oferecia uma recompensa de cem mil francos àquele que conseguisse criar a primeira máquina aérea capaz de ir e voltar do Parc de Saint-Cloud à Torre Eiffel, em Paris, em menos de 30 minutos.
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Em 19 de outubro de 1901, após ter passado por muitos testes falhos e panes nos motores de seus sucessivos modelos de dirigíveis, e até de ficar preso num telhado de Paris, Dumont conseguiu cruzar a linha de chegada do teste, em embora com atrasos. O comitê recusou sua vitória, mas o idealizador da competição, la Meurthe, gostou da performance e decidiu coroar Santos Dumont vencedor de seu desafio.
Ele doou todo o prêmio recebido: metade foi destinada à sua equipe, e a outra metade à população vulnerável de Paris.
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A carta 'perdida' de Santos Dumont
Na última segunda-feira (31), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou a recuperação, por parte da Coordenadoria de Proteção ao Patrimônio Cultural (CPPC), de 22 documentos históricos, dentre os quais estava uma carta escrita à mão por Santos Dumont, que foi doada ao Ministério e agora deve ser encaminhada ao Arquivo Público Mineiro (APM).
O manuscrito, datado de 1919 e endereçado por Dumont a um amigo, foi redigido durante sua estadia em Poços de Caldas, município mineiro na Serra da Mantiqueira, a 260 km de São Paulo.
Na carta, ele agradece ao amigo destinatário pela ajuda com a doação da sua casa de infância, que atualmente abriga o Museu Cabangu, com exposições de obras que falam sobre a vida e os feitos do aviador — e para onde o documento deve ser enviado e tornado disponível para consulta pública.