EUA

Candidato à presidência dos EUA critica postura da OTAN na Ucrânia

"Os EUA nunca permitiriam que a Rússia instalasse seus mísseis no Canadá ou no México", disse.

Robert F. Kennedy Jr., o conspiracionista que desafia Joe Biden nas eleições dos EUACréditos: Wikimedia Commons
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Em entrevista ao Town Hall da CNN, o candidato à presidência dos EUA Robert F. Kennedy, Jr., que desafia Joe Biden nas primárias do partido democrata para as eleições do ano que vem, surpreendeu por sua visão sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O advogado, que é membro da família Kennedy e é sobrinho de John F. Kennedy, que foi presidente dos EUA nos anos 1960, defende que a Rússia tem preocupações "legítimas" sobre a presença da OTAN na Ucrânia.

Questionado sobre o conflito, Robert afirmou que existem "preocupações legítimas sobre nossa expansão da OTAN na Ucrânia".

Ele reforçou que, em situação similar para os EUA, o mesmo teria ocorrido."Os EUA nunca permitiriam que a Rússia implantasse seus sistemas de mísseis no Canadá ou no México. Se tivessem, teríamos invadido. E poderíamos nos colocar no lugar deles", insistiu.

Ele também relembrou a crise dos mísseis de 1963, negociada por seu próprio tio. “Agora implantamos sistemas de mísseis na Romênia e na Polônia, bem perto da fronteira com a Rússia. Quando a Rússia colocou mísseis nucleares em Cuba, eles estavam mais longe [dos EUA] do que agora estamos de Moscou", afirmou.

Robert Kennedy Jr. tem recebido o apoio de diversos democratas e há grande pressão entre o partido para que Joe Biden debata contra o candidato.

Kennedy é conhecido por posições polêmicas, sendo, inclusive, declaradamente anti-vacina. Como até relógio quebrado acerta duas vezes no dia, Kennedy é crítico do sistema econômico dos EUA, defendendo uma postura mais radical na economia com redistribuição de riqueza e um sistema público de saúde.

Contudo, o pleiteante ao cargo de presidente compartilha de teorias da conspiração radicais envolvendo a China, os LGBTQIA+, o coronavírus e o HIV.