O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou neste sábado (3) lei para suspender o teto e autorizar o aumento da dívida do país para evitar o primeiro caso de calote da história da superpotência.
A legislação suspende até 1º de janeiro de 2025 o limite de endividamento do governo federal, que hoje é de US$ 31,4 tri. Paralelamente, limita os gastos nos próximos dois anos e acelera medidas para levantar recursos, como a recuperação de fundos da Covid-19 não utilizados e o licenciamento de alguns projetos de energia.
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Risco de inadimplência
Com o alerta do Departamento do Tesouro, que disse que não iria conseguir pagar todas as contas em 5 de junho, Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo, fazendo com que o Congresso dos EUA aprovasse a lei na noite de quinta-feira (1º). Foram 63 votos a favor e 36 contra.
Na sexta-feira (2), Biden realizou, em rede nacional, um pronunciamento no Salão Oval, da Casa Branca. Ele falou do projeto de lei como um êxito dos líderes democratas e dos republicanos do Congresso.
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“Ninguém conseguiu tudo o que queria. Mas o povo americano conseguiu o que precisava”, disse Biden.
Os Estados Unidos podiam ficar inadimplentes pela primeira vez na história caso o limite de dívidas não fosse elevado até 1º de junho. Deputados democratas e republicanos divergiam sobre os requisitos para elevar o teto de gastos enquanto o prazo limite estipulado pela secretária do Tesouro do país, Janet Yellen, se aproximava.
O governo dos EUA atingiu o limite de empréstimos de US$ 31,4 trilhões em 19 de janeiro de 2023, forçando Yellen a tomar “medidas extraordinárias” para evitar um calote histórico, como a retirada temporária de investimentos em fundos de aposentadoria e Seguridade Social.