Júri condena Donald Trump por abuso sexual contra jornalista

Ex-presidente foi condenado a pagar indenização contra vítima no civil

Trump terá de indenizar jornalista vítima de abuso sexual e difamaçãoCréditos: Gage Skidmore/Wikimeia Commons
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O ex-presidente e pré-candidato Donald Trump (R), foi condenado a indenizar uma mulher por abuso sexual por uma corte de Nova York, nesta terça-feira (9).

A jornalista E. Jean Carroll afirmava ter sido abusada por Donald Trump em uma loja de departamento no ano de 1996. Na Justiça comum, o crime já teria prescrito. Contudo, no ano passado, a corte de justiça do estado de NY permitiu a abertura de casos de indenização por violência sexual por um ano, sem limite de prescrição.

Jean Carroll então decidiu entrar com um processo para que Trump fosse levado à júri pelo estupro, e conquistou, nesta sexta-feira, uma vitória na Justiça.

Trump foi responsabilizado por difamação e abuso sexual e  foi condenado a pagar US$ 5 milhões (ou R$ 25 mi na cotação atual) para a jornalista.

O júri foi feito por cidadãos anônimos e, como se sabe, foi conquistado a partir de unanimidade entre os jurados, que decidiram pela condenação do ex-presidente.

O ex-presidente disse que o caso de Carroll era "uma farsa e uma mentira" e uma "grande armação". Ele também repetiu uma afirmação que fez anteriormente: que não estuprou Carroll porque ela não é o “tipo dele”. Te lembrou alguém?

Além desse processo, Trump também responde a outro processo por conta de um escândalo sexual. Em 2016, ele teria usado dinheiro de campanha presidencial para subornar a atriz pornográfica Stormy Daniels para que ela mantivesse segredo sobre uma relação sexual entre os dois.

Por se tratar de uma condenação no âmbito civil, Trump não terá nenhum impedimento para concorrer à presidência. Apesar de uma conclusão lógica afirmar que tal fim processual pode ser negativo para o ex-presidente, coisas estranhas acontecem nos EUA e isso pode não afetá-lo entre os eleitores republicanos.

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