O sucesso da viagem do presidente Lula (PT) à China abalou o ex-presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump. Ele declarou textualmente: “Estamos perdendo o Brasil”.
O temor de Trump é motivado pelos mais de 20 acordos firmados de parcerias econômicas e cooperações entre Brasil e China, mas, especialmente, pelo que Lula declarou em discurso, durante a posse de Dilma Rousseff (PT) na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics, grupo de países que reúne, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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Em seu discurso, Lula falou que, com Dilma, o NBD - que já conta também com Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai - vai se tornar o grande banco do Sul Global, criando uma alternativa para o comércio entre os países sem o uso do dólar.
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“Pela primeira vez, um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras das condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais: com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local. A criação deste banco mostra que a união de países emergentes é capaz de gerar mudanças sociais e econômicas relevantes para o mundo”, afirmou Lula.
O presidente brasileiro ainda criticou a posição hegemônica dos Estados Unidos no comércio internacional com a imposição do dólar.
“Quem é que decidiu que era o dólar? Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila, porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para exportar”, disse Lula, que também criticou a ingerência do Fundo Monetário Internacional (FMI) na economia dos países.
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Trump escancara seus medos
Em entrevista ao programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, Trump deixou bem claro as preocupações estadunidenses
“O Irã se une com a Arábia Saudita através da China. E a China, ouvi algumas pessoas dizerem: ‘Bem, o nosso dólar nunca perderá o padrão’. Eles estão brincando? A China quer mudar o padrão, o padrão monetário. E se isso acontecer, é como perder uma guerra mundial. Seremos um país de segunda linha. Se isso acontecer, seremos literalmente um país de segunda linha”, apontou Trump.
“Estamos perdendo o Brasil, estamos perdendo a Colômbia, a América do Sul, estamos perdendo o Irã, eles já o perderam, nós perdemos a Rússia e se ainda não os perdemos, eles vão. A China está ganhando. Então, a China se foi. Então, vemos a França caindo fora. O que está acontecendo? Estamos perdendo. Se perdermos nossa moeda, isso equivale a perder uma guerra mundial. Nossa moeda é o que nos torna poderosos e fortes”, acrescentou o republicano.