Nesta quarta-feira (18), Macau recebeu o presidente Xi Jinping para uma visita de três dias em comemoração ao 25º aniversário de seu retorno à soberania chinesa.
O território, administrado por Portugal por mais de quatro séculos, foi reintegrado à China em 20 de dezembro de 1999, tornando-se uma Região Administrativa Especial (RAEM) sob o princípio "um país, dois sistemas".
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Recepção a Xi Jinping
No Aeroporto Internacional de Macau, Xi foi recebido com apresentações de dança de leão e dragão, além de centenas de moradores acenando com bandeiras e flores.
Em um breve discurso, Xi descreveu Macau como "uma pérola na palma da mãe pátria" e destacou o sucesso do modelo "um país, dois sistemas", que permitiu ao território manter suas características econômicas e sociais únicas.
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"Este é o orgulho dos residentes de Macau e de todos os chineses", declarou Xi, expressando confiança no futuro da região e em sua capacidade de inovar e prosperar com o apoio do governo central.
Integração regional
Durante sua estadia, Xi participará da cerimônia de posse de Sam Hou Fai, novo chefe do Executivo de Macau, e reforçará os esforços de integração do território à Área da Grande Baía.
Esta iniciativa visa conectar economicamente Macau, Hong Kong e a província de Guangdong, promovendo um desenvolvimento regional equilibrado e sustentável.
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Desenvolvimento Econômico e Cultura
Desde sua reintegração, Macau experimentou um crescimento econômico notável, com o PIB saltando de 51,87 bilhões de yuans (cerca de 7 bilhões de dólares) em 1999 para 424,9 bilhões de yuans (aproximadamente 60 bilhões de dólares) em 2018.
Embora a economia seja fortemente dependente do setor de cassinos, Pequim busca diversificar a base econômica da região, incentivando setores como finanças, tecnologia e medicina tradicional.
A RAEM também reforçou sua posição como ponte cultural e econômica entre a China e os países lusófonos. Eventos como o Fórum de Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa consolidaram Macau como um elo estratégico nas relações internacionais.
História e conexões com o Brasil
Macau e Brasil, como colônias portuguesas, desempenharam papéis estratégicos no império global de Portugal. Enquanto Macau funcionava como um entreposto comercial vital na Ásia, o Brasil era a principal base de suporte econômico no Atlântico.
Apesar da distância, ambos faziam parte de uma rede de comércio global que conectava mercadorias, culturas e conhecimento entre Europa, Ásia, África e América.
Tanto Macau quanto o Brasil foram centros de difusão cultural e missionária. A língua portuguesa funcionou como elo entre as duas regiões, promovendo intercâmbios intelectuais e preservando tradições comuns, como a culinária e os festivais religiosos.
Na atualidade, Macau atua como uma plataforma para fortalecer as relações sino-lusófonas, incluindo o Brasil. Desde 2003, o Fórum de Macau promove cooperações econômicas, com o Brasil sendo um participante ativo. Visitas oficiais e projetos de inovação consolidam esses laços, destacando a importância de Macau como elo entre a China e os países de língua portuguesa.
Modelo "Um País, Dois Sistemas"
Desenvolvido por Deng Xiaoping nos anos 1980, o princípio permite que Macau e Hong Kong mantenham sistemas econômicos e administrativos distintos do restante da China. Sob este modelo, essas regiões preservam sua autonomia econômica e cultural, ao mesmo tempo em que integram-se à soberania chinesa.
Com 25 anos de sucesso amplamente reconhecido, Macau destaca-se como um exemplo de estabilidade política e prosperidade econômica, reforçando a confiança no modelo "um país, dois sistemas" para garantir um futuro próspero.
Futuro promissor
Macau avança com integração regional, diversificação econômica e preservação de seu rico patrimônio cultural. A visita de Xi Jinping reafirma o compromisso de Pequim com a estabilidade e o desenvolvimento contínuos da região, fortalecendo seu papel como ponte entre a China e o mundo.
