A Academia Damo, do Grupo Alibaba, acaba de doar seu laboratório de quântica para a Universidade de Zhejiang, enquanto a iniciativa de pesquisa interna do gigante do comércio eletrônico aloca mais recursos para a inteligência artificial (IA).
Um porta-voz da Damo confirmou nesta segunda-feira (27) que o laboratório de quântica será doado para a Universidade de Zhejiang, e que a academia se concentrará em pesquisa fundamental, incluindo IA em agricultura e saúde.
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A Alibaba, com sede em Hangzhou, estabeleceu a Damo em 2017 para focar em ciência fundamental e inovações disruptivas. O instituto tem 16 laboratórios que abrangem áreas que vão desde IA e direção autônoma até computação quântica e pesquisa e desenvolvimento de semicondutores.
Em abril, a unidade de nuvem da Alibaba revelou sua própria alternativa ao ChatGPT – Tongyi Qianwen – baseada nos grandes modelos de linguagem (LLMs) da Damo, tornando-se uma das primeiras empresas chinesas a entrar na onda dos chatbots de IA.
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A tecnologia quântica é uma área complexa da física que explora o comportamento de partículas subatômicas – partículas menores que átomos, os blocos básicos de construção de toda a matéria. Um dos principais campos de interesse dentro da tecnologia quântica é a computação quântica.
Ao contrário de um computador clássico, que realiza cálculos um de cada vez, um computador quântico tem o potencial de processar exponencialmente mais dados.
Guerra dos chips entre China e EUA
É uma área na qual China e Estados Unidos competem para alcançar a supremacia, mas ambos os lados estão longe de alcançar a comercialização.
O programa nacional de quântica da China era envolto em segredo até 2020, quando listou a tecnologia quântica como uma prioridade máxima, juntamente com outras seis áreas-chave de ciência e tecnologia no plano de desenvolvimento quinquenal do país.
Na China, o investimento governamental tem ajudado a impulsionar a pesquisa e a educação em tecnologia quântica, com 33 empresas atualmente ativas no campo, de acordo com um relatório da McKinsey & Co em abril.
Os Estados Unidos e o Canadá ainda têm as comunidades de startups de computação quântica mais vibrantes, segundo o relatório.
A Alibaba foi uma das primeiras empresas de tecnologia chinesas a investir em tecnologia quântica. Em 2015, colaborou com a Academia Chinesa de Ciências e estabeleceu um laboratório de computação quântica em Xangai.
Com informações do SMCP