GLOBAL

Grupo de Milei teria cobrado propina de US$ 5 milhões no "criptogate", afirma imprensa argentina

Depois de entrevista com perguntas combinadas com jornalista, mais denúncias surgem contra o argentino

Javier Milei sob apurosCréditos: Vox España
Escrito en GLOBAL el

A emissora C5N afirmou que uma pessoa próxima ao presidente argentino Javier Milei poderia ter recebido um pagamento de US$ 5 milhões para que o chefe de Estado promovesse a criptomoeda $Libra.

Segundo o canal, a acusação teria sido feita pelo empresário Diógenes Casares, especialista em finanças descentralizadas e filho do empresário Wenceslao Casares, que alegaria ter tido acesso a detalhes do suposto esquema.

Entenda o escândalo: Golpe da criptomoeda: Milei tem chance de cair? Entenda o cenário na Argentina

"Um importante empresário do setor, pioneiro, está assegurando que alguém do entorno de Milei cobrou 5 milhões de dólares para que o presidente fizesse essa promoção", declarou o jornalista Alejandro Bercovich durante seu editorial na C5N. A denúncia teria surgido em meio a um escândalo financeiro que, conforme a emissora, poderia ter prejudicado milhares de investidores, já que a criptomoeda teria perdido valor rapidamente após a divulgação oficial.

Ainda de acordo com a C5N, Casares afirmou que membros do governo teriam discutido o lançamento de um token chamado $Afuera para financiar "a batalha cultural" de Milei, mas o projeto não teria seguido adiante.

Entrevista combinada

Um vídeo vazado na noite desta segunda-feira (17) revelou que a equipe de Javier Milei combinou perguntas em uma entrevista ao canal de direita TN, do Grupo Clarín, sobre o escândalo.

Durante o programa, um assessor interrompeu para alertar sobre possíveis problemas judiciais, e o apresentador seguiu a orientação. Mesmo coordenada, na entrevista, Milei afirmou que o mercado de criptomoedas é como um "cassino", e que sempre se pode perder dinheiro. 

Problemas judiciais

O chefe da Casa Rosada enfrenta uma crise política grave após o criptogate, que levou a mais de 100 processos judiciais na Argentina e pedidos de impeachment, além de possíveis investigações pelo Departamento de Justiça dos EUA.

A operação, suspeita de ser um esquema de rug pull, deve abalar a base de apoio do extremista. Embora seu bloco parlamentar pareça estável, a crise pode enfraquecê-lo e afetar as eleições legislativas cruciais para seu governo, marcadas para outubro deste ano.

Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar