De acordo com o relatório anual Military Balance, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), os gastos militares somaram US$ 2,46 trilhões, mundialmente, em 2024 (aproximadamente R$ 14,19 trilhões), e atingiram um valor recorde no mundo.
O aumento foi visto em todas as regiões do planeta, excluindo-se a África sub-saariana, nota o relatório, e reflete também o aumento de conflitos regionais: a guerra entre Rússia e Ucrânica, o genocídio de Israel na Palestina, a constante sinalização das autoridades para o aumento de gastos com defesa no âmbito da OTAN (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), que deve alcançar "pelo menos" 2% do PIB das potências.
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Novas tecnologias militares têm surgido em disparada, e as velhas têm sido modernizadas ou reativadas: mísseis de longo, médio e curto alcance, drones de guerra, embarcações de monitoramento e defesa marítima, novas instalações nucleares etc.
Até 2050, as forças armadas norte-americanas querem instalar pelo menos cinco complexos nucleares para abrigar mísseis balísticos de precisão em colaboração com seus aliados ocidentais, e a mesma estratégia deve ser adotada pela Rússia, que pretende implementar seu Oreshnik, sistema de mísseis de alcance intermediário, em conjunto à Bielorrússia.
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Os gastos europeus em defesa aumentaram em até 50% desde 2014, sobretudo a partir dos investimentos no arsenal ucraniano, para o combate à projeção da Rússia. Na Alemanha, o aumento singular foi de 23.2%, e os gastos conjuntos da OTAN ultrapassam US$ 1,44 trilhão, liderados pelos Estados Unidos.
O relatório sugere que, mesmo com os investimentos estrangeiros nas suas capacidades de defesa, a Ucrânia só pode manter seus esforços de guerra até 2026, levando em conta as perdas humanas, territoriais e de equipamentos militares avistadas desde o início da guerra com a Rússia, em 2022.
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