A probabilidade de um asteroide colidir com a Terra em 2032 continua aumentando. Batizado de 2024 YR4, o corpo celeste tem uma chance em 45, ou 2,2%, de impactar o planeta daqui a sete anos.
Os cálculos são do Center for Near Earth Object Studies da Nasa e é um número da manhã desta segunda-feira (10). Na última medição, a probabilidade era de 1,3%.
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No entanto, os cientistas alertam que a estimativa é muito preliminar e as possibilidades devem variar com o passar do tempo, quando os astrônomos passam a reunir mais dados e refinar suas chances de impacto. Normalmente, as probabilidades diminuem com o tempo até chegarem perto de zero.
O asteroide Apophis, em 2004, alcançou uma chance de 2,7% de atingir a Terra em 2029. Mas a possibilidade caiu para praticamente zero desde então, e hoje ele não representa nenhuma ameaça ao planeta.
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As órbitas possíveis
O caçador de asteroides David Rankin, que encontrou imagens da rocha espacial em dados de arquivo que foram coletados antes de sua descoberta oficial, falou ao site Space sobre essas probabilidades que variam ao longo do tempo.
A matemática simples ajuda a entender. "Isso significa que ainda temos 97,7% de chance de este asteroide não atingir nosso alvo", disse Rankin . E se a conta pode assustar aparentemente, o fato de a chance do corpo celeste atingir o planeta ter dobrado não significa que a possibilidade de ele não atingir a Terra tenha caído pela metade.
"Não é possível obter uma medição 'perfeita' do asteroide de nenhum telescópio", explica. "Então, tudo o que podemos fazer é plotar todas as órbitas possíveis que se encaixam no arco observacional dado a qualquer momento. Isso acaba produzindo uma distribuição normal de órbitas que são todas possíveis."
Segundo ele, a incerteza dessa distribuição mudará à medida que mais observações forem feitas e o arco for estendido. "Então, o plano em que o asteroide está é bem compreendido, mas a posição ao longo desse plano não é", diz Rankin.
Asteroide recém-descoberto
O 2024 YR4 possui cerca de 60 metros de diâmetro, equivalente a um prédio de 20 andares ou metade de um campo de futebol, e está atualmente a 43,4 milhões de quilômetros da Terra.
Ele chamou a atenção dos astrônomos quando subiu de posição na lista de risco automatizada Sentry (Sentinela), da Nasa, em 31 de dezembro de 2024. Como destaca Rankin, o fato de ser um corpo celeste recém-descoberto prejudica a precisão de dados sobre sua trajetória.
