ELON MUSK

"O homem mais poderoso do mundo hoje não é o Trump, é o Elon Musk", diz Letícia Oliveira

Especialista em extrema direita, a pesquisadora analisou o poder do bilionário e sua aproximação com movimentos nazifascistas

Elon Musk.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O programa Fórum Onze e Meia desta quinta-feira (23) recebeu a pesquisadora e especialista em extrema direita Letícia Oliveira para comentar sobre o novo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o bilionário Elon Musk e os movimentos neofascistas que estão surgindo no cenário político. 

A pesquisadora destacou o gesto nazista de Elon Musk durante a posse de Trump, que teve forte repercussão mundial, como uma sinalização clara para os movimentos de extrema direita e nazifascistas. Letícia também defendeu que, ao contrário do que algumas pessoas classificam, o homem mais poderoso do mundo hoje não seria o presidente Donald Trump, mas sim Musk, que é também a pessoa mais rica do mundo, caminhando para se tornar o primeiro trilionário. 

Letícia, então, explicou as relações e os perigos do poder e da influência de Elon Musk enquanto homem mais poderoso ao fazer um gesto nazista durante a posse presidencial do maior país do mundo em termos econômicos. A pesquisa buscou destrinchar os significados e as mensagens por trás do gesto de Musk e suas relações com a extrema direita e os movimentos fascistas e nazistas. 

A pesquisadora afirmou que a saudação romana feita pelo bilionário vem de grupos na internet que usam memes e sátiras nazistas para "justamente deixar a esquerda em polvorosa e fazer um tipo de gaslighting político". "Essa é uma estratégia muito usada por essa nova extrema direita, desde o 4chan. E a real é que a gente está há mais de uma década engolindo propaganda nazista com base de que 'é tudo uma brincadeira'", afirma a pesquisadora.

Letícia ainda acrescentou que os bilionários estão se apegando a uma teoria chamada de "neo-reacionarismo", que seria a defesa de um "novo tipo de feudalismo". Essa corrente neo-reacionarista defenderia, de acordo com a pesquisadora, acelerar o progresso tecnológico para causar uma ruptura na sociedade. "Os aceleracionistas neonazistas, por exemplo, querem causar essa ruptura para virar etno-estados. Tudo isso pressupõe o fim do Estado Nacional e o fim da democracia", afirma a pesquisadora.

Vale destacar que Elon Musk também é dono do X, uma das redes sociais mais utilizadas no mundo e que vem adotando uma política extremistas e conservadora em relação a grupos socialmente minorizados. A rede, que mudou suas regras de divulgação de fake news e discurso de ódio, assim como a Meta, de Mark Zuckerberg, se torna a cada dia um lugar propício para grupos extremistas. 

A entrevista completa de Letícia Oliveira ao Fórum Onze e Meia, em que a pesquisadora também se aprofunda na relação do bolsonarismo com o movimento nazista, pode ser assisitida através do link abaixo. 


 

 

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