Filósofos africanos, sendo um deles o renomado conferencista Jonathan Okeke Chimakonam, defendem uma tese polêmica. Eles questionam o nome “África” e querem que o continente seja renomeado.
Os filósofos argumentam que o termo “África”, que tem origens nos exploradores e colonizadores europeus, é uma injúria racial.
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“Os africanos devem ser chamados de negros ou a categorização das pessoas pela cor da pele é uma prática racista? E quanto à África? O nome do continente é uma injúria racial porque foi escolhido pelos exploradores europeus e baseado no clima, e não nas pessoas, e deveria ser renomeado?”, indaga Chimakonam.
O nome “África” é derivado do grego “aphrike”, que significa “sem frio”, e do latim “aprica”, que significa “ensolarado”, o que remete ao clima e não à cultura e à história dos habitantes.
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Chimakonam e o coautor da proposta ressaltam que a nomenclatura, frequentemente usada para descrever povos e lugares, pode carregar conotações pejorativas.
O nome “África”, de acordo com eles, foi imposto sem considerar a riqueza cultural e histórica do continente, o que se transformou em uma forma de rebaixamento.
Os filósofos comparam com outros termos históricos, como “aethiops”, que significa “rosto queimado pelo sol”, sugerindo uma percepção negativa e racialmente carregada dos africanos.
Reparar uma injustiça
Com o objetivo de reparar o que eles consideram injustiça, os filósofos propõem um novo nome para o continente: “Anaesia”, derivado das palavras “ana” e “esi”, que significam “terra” ou “local de origem”. Esta seria uma das alternativas.
Assim, a nova denominação enfatizaria o papel da África como o berço da humanidade e do desenvolvimento das primeiras línguas.
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