Na madrugada de domingo (4), noite deste sábado (3) no Brasil, o grupo armado libanês Hezbollah disparou dezenas de foguetes contra o norte de Israel.
Segundo um comunicado do Hezbollah, os foguetes tinham como alvo Beit Hillel, um moshav (comunidade agrícola) localizado no extremo norte de Israel, próximo à fronteira com o Líbano e às Colinas de Golã.
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De acordo com relatos da imprensa israelense, como o The Times of Israel, vários projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea Domo de Ferro, enquanto outros atingiram o solo, iniciando focos de incêndio.
Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos causados pelos ataques, que ocorrem em um dos períodos de maior tensão no Oriente Médio.
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Também neste sábado, Estados Unidos e Reino Unido haviam orientado seus cidadãos no Líbano a deixarem o país o mais rápido possível.
"As tensões estão elevadas e a situação pode se deteriorar rapidamente. Minha mensagem aos cidadãos britânicos no Líbano é clara: saiam já", disse o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy.
Na terça-feira (30), um ataque reivindicado por Israel matou o comandante operacional do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. A ação resultou em pelo menos três mortes, incluindo duas crianças, e 72 feridos, de acordo com as autoridades libanesas.
Já na quarta-feira (31), o líder da ala política do Hamas foi assassinado em Teerã horas após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O Irã e o Hamas prometeram punir Israel pelo ataque; Tel Aviv não confirmou nem negou a autoria da ação.
O Hezbollah afirmou que os ataques foram uma resposta a bombardeios israelenses no sul do Líbano. Esta é uma das principais ações do grupo libanês contra Israel desde o início da mais recente onda de hostilidades na região, iniciada pelos ataques do grupo de resistência palestino Hamas, que resultaram na morte de cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
Desde o início das hostilidades em outubro de 2023, a guerra conduzida por Israel na Faixa de Gaza resultou em pelo menos 39,5 mil mortos. No norte, o Exército israelense e o Hezbollah — aliado do Hamas e do Irã — estão travando uma guerra de atrito que já causou dezenas de mortes.
Na semana passada, um projétil atingiu um campo de futebol em Majdal Shams, nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel em 1967, matando 12 pessoas, incluindo crianças. Tel Aviv atribuiu o ataque ao Hezbollah, que negou a autoria do disparo.
Forças israelenses bombardearam outra escola que abrigava palestinos deslocados no bairro Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, matando pelo menos 17 pessoas e ferindo outras 60. Muitas das vítimas eram crianças.
O Hamas afirma que iniciou um amplo processo de consulta para selecionar um novo líder após o assassinato de seu chefe político, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, Teerã.