ORIENTE MÉDIO

Israel ataca quatro países em dois dias e provoca a maior potência militar do Oriente Médio (e não é o Irã)

Netanyahu provoca cada vez mais seus inimigos e aproxima região de guerra generalizada

Netanyahu pressiona aliados do Irã para guerra totalCréditos: U.S. Department of State (Creative Commons)
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Nos últimos dias, Israel intensificou dramaticamente seu esforço de guerra contra diferentes alvos ao redor do Oriente Médio e provocou um importante ator militar da região.

Desde segunda-feira, Israel operou diferentes ataques em quatro países soberanos:

No dia 20 de julho, 11 dias atrás, realizou um ataque contra o porto de Hodeidah, no Iêmen, principal centro de recepção de ajuda humanitária do país, como retaliação a um ataque houthi a Tel Aviv.

É uma guerra direta contra Hamas, Hezbollah, Irã, Iraque, Líbano, Iêmen e Síria - que não foi atacada nesta semana, mas tem sido alvo de Israel há anos.

Provocações à Turquia

Turquia de Erdogan tem se posicionado fortemente contra Israel (Foto: AKP)

O comportamente de Israel não tem agradado, em especial, uma potência relevante: a Turquia, que tem 11º mais poderoso exército do mundo segundo o Global Firepower, o maior índice do Oriente Médio.

O país, que é membro da OTAN, nunca foi afeita à Síria, Irã e ao arco xiita - uma série de grupos militares que atuam contra Israel e em favor de Teerã -, mas também não é uma aliada natural de Israel.

Em 28 de julho de 2024, o presidente turco Erdogan ameaçou uma intervenção militar em Israel, afirmando que a Turquia "deve ser muito forte" para evitar o que ele descreveu como ações "ridículas" de Israel contra a Palestina.

Ele traçou paralelos com os envolvimentos militares da Turquia em outros conflitos, como na Líbia e em Armênia, sugerindo que ações semelhantes poderiam ser tomadas no contexto Israel-Palestina.

Vale lembrar que a Turquia é uma financiadora do Hamas. A morte de Haniyeh, inclusive, foi lamentada publicamente pelo presidente turco.

O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, deu a entender que a postura agressiva de Erdogan poderia levar a consequências terríveis, comparando-o a Saddam Hussein. Katz também pediu que a OTAN expulsasse a Turquia devido à sua retórica e ação provocativas.

Um envolvimento mais direto da Turquia no conflito poderia embaralhar todas relações no Oriente Médio e realmente causar preocupações em Israel, além de colocar em xeque a efetividade e o poder dos EUA sobre o menos atlântico dos membros da OTAN.