Uma pesquisa da Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP) que entrevistou 1565 argentinos revelou que a popularidade do governo Javier Milei tem caído.
Segundo o levantamento, mais de 53,7% da população desaprova a gestão de Javier Milei, um aumento em comparação com os últimos meses.
Te podría interesar
Cerca de 75% dos argentinos acreditam que o ajuste econômico está sendo pago pelo povo e não pelos mais ricos. O arrocho de Milei é impopular: 57% não apoiam o ajuste econômico.
Mais de 81% da população relata dificuldades para chegar ao fim do mês. A desesperança é alta: 51% não acreditam que a situação econômica de suas casas vai melhorar e 49% não esperam melhorias econômicas mesmo com os cortes.
Te podría interesar
A imagem positiva de Milei está entre 43% e 45%, abaixo dos 55,7% que o elegeram no segundo turno. É uma queda dramática.
Crise econômica
Alguns dados econômicos podem ajudar a entendar as quedas do presidente argentino: o câmbio.
O câmbio argentino tem disparado, com o peso se desvalorizando enormemente na comparação com o dólar. O governo vai tentar colocar moeda estrangeira no mercado paralelo para tentar conter o câmbio irregular. Além disso, tem queimado reservas em ouro e em dólar pra evitar a escalada do câmbio, que também pressiona a inflação argentina.
A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,7%. Isso representa um aumento de 0,8 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a taxa de desemprego foi de 6,9%
Além disso, a renda tem diminuído, o PIB deve cair 5,1% e a inflação segue alta (4,6% ao mês, com projeção de dois dígitos no ano), ainda que mais controlada na comparação com ano passado.
A Bolsa de Valores Merval caiu mais de 8% na comparação entre 30 de junho, quando a crise cambial se explicitou para o mercado argentino.