Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais da Venezuela. É o que informou o único órgão capaz de aferir tais resultados, o Conselho Nacional Eleitoral, às 01h09 da madrugada desta segunda-feira (29).
Antes da divulgação dos resultados, Mauricio Macri - ex-presidente argentino e apoiador do atual governo -, Diana Mondino - chanceler de Buenos Aires -, Patricia Bullrich - ministra de Segurança - e Javier Milei - chefe de Estado -, afirmavam que Eduardo Urrutía e Maria Corina Machado eram os vencedores da eleição.
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Quebraram todo o protocolo da diplomacia, intrometendo-se em assuntos internos venezuelanos sem quaisquer provas ou respaldo internacional, para fomentar a narrativa de golpe e fraude contra a esquerda e em favor da extremista Maria Corina Machado.
Ressaltando: Machado é membra-fundadora do Fórum de Madrid, organização do neofascismo global idealizada por Eduardo Bolsonaro e Javier Milei.
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Milei clama pelo "golpe!" e tenta focar a atenção argentina em Caracas. O problema é que a economia venezuelana apresenta dados muito melhores que a argentina.
Caracas anda melhor que Buenos Aires
Além de apresentar crescimento de 30% em 2022, 5% em 2023 e projeção de 4,2% em 2024, sendo a segunda maior elevação do PIB do continente, a Venezuela conseguiu controlar sua inflação: foi de 1,5% no mês de abril. O desemprego segue alto, em 12%, mas caiu 1% em relação ao ano passado.
Em comparação, alta de preços foi registrada em 4,2% em Buenos Aires no mesmo mês. O PIB deve cair 5% em 2024. O desemprego cresceu 2% em um mês.
Milei enfrenta problemas com o agronegócio, com os governadores e com sua própria base, incluindo sua vice. A bolsa tem caído e o plano de "impressão zero" parece não agradar ninguém - nem seu amado mercado - para tentar controlar a inflação.
A escolha de Milei de ser porta-voz do mais nefasto entreguismo e golpismo é a simples criação de um espantalho - o chavismo - para esconder sua própria crise e incapacidade de gerenciar a Argentina.