Neste domingo (7), o exército israelense iniciou sua retirada tática de tropas da cidade de Khan Younis da Faixa de Gaza. Na manhã de hoje, milhares de pessoas que estavam abrigadas em tendas na cidade de Rafah começaram a retornar para sua cidade no pós-retirada israelense.
As bombas seguem caindo no sul, com alvos em Khan Younis, em Rafah e no norte de Gaza. Mas o recuo estratégico é um sinal da ineficiência da operação em solo em Gaza.
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Desde que Israel entrou por terra no território palestino, não conseguiu seu principal objetivo: libertar os reféns do Hamas. Foram dois resgates e três reféns mortos por engano, segundo a imprensa internacional.
Agora, a retirada em Khan Younis representa outro problema: como atacar Rafah? Israel afirma que "existe uma data".
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A imprensa israelense dá como certa a queda de Benjamin Netanyahu caso a operação não comece logo. A guerra ficaria congelada sem um avanço para a parte mais ao sul da Faixa de Gaza.
Do outro lado, Washington e a União Europeia pressionam Tel Aviv para não iniciar o massacre. Isso significaria a perda de todo o apoio internacional relevante desde 7 de outubro.
A morte dos trabalhadores humanitários da World Central Kitchen balançaram o mundo que ainda se amarrava no "direito de defesa de Israel".
Se em terra a operação não funciona, ela seguirá por ar. As bombas continuarão caindo, não se sabe até quando. Enquanto isso, Israel enviou membros do seu corpo diplomático para negociações para um cessar-fogo com o Hamas.
As últimas negociações ficaram travadas porque Israel não aceitou libertar seus prisioneiros palestinos presos em cadeias israelenses, considerados reféns pelo Hamas e outros grupos.
Amanhã, Netanyahu se reúne com seu conselho de guerra para decidir se haverá invasão por terra. Se ela começar, as negociações de paz vão afundar. E mais um massacre se estenderá aos olhos do mundo.