O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a fazer tweets atacando o presidente Lula por suas falas sobre a questão da Faixa de Gaza.
Durante a Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente nesta quinta-feira (4), o presidente brasileiro fez um discurso lembrando das crianças que foram mortas pelo regime israelense em Gaza.
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O presidente se confundiu e trocou 12,4 mil crianças mortas - a estatística correta - por 12,3 milhões. Foi uma clara confusão e não uma mentira deliberada, afinal, a população da Faixa de Gaza não passa de dois milhões de pessoas.
Foi também nesta quinta-feira (4), o Conselho de Direitos Humanos da ONU também passou uma resolução exigindo que seja interrompido o comércio de armas para Israel para reduzir o risco de aumento da calamidade humanitária imposta pelo IDF em Gaza.
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O governo brasileiro foi um dos que mudou de posição frente a anos passados e liderou a votação, que foi aprovada por ampla maioria. Ninguém votou contra o projeto e houve apenas abstenções.
Katz, isolado e derrotado, tem tentado encontrar alguma forma de aparecer nas redes sociais. Ao invés de comentar as duras derrotas de Israel no campo internacional ou apresentar justificativas decentes para a morte de trabalhadores humanitários, ele decidiu atacar Lula pelo erro no discurso de ontem.
Em uma postagem no Twitter, ele disse que "deveria haver uma lei que obrigasse toda pessoa que deseja se tornar presidente a aprender a contar".
O chanceler inaugurador da "diplomacia da lacração" esqueceu-se de contar o número verdadeiro: Israel matou mais de 30 mil pessoas na Faixa de Gaza e 12 mil crianças. 5% da população da região foi morta, ferida ou presa.
Em cinco meses, o IDF matou mais crianças do que todos os conflitos do mundo nos últimos quatro anos.
O presidente Lula tem liderado esforços para um cessar-fogo e, desde sua fala, Israel tem sido cada vez mais isolada do plano internacional e se tornado pária, sendo rejeitada parcialmente até pelo seu maior parceiro no sistema mundo, os EUA.