GENOCÍDIO NA PALESTINA

Com apoio do Brasil, ONU aprova resolução para barrar venda de armas a Israel

A resolução ainda "condena o uso da fome de civis como método de guerra", pede um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e "condena as ações de Israel que podem equivaler a limpeza étnica".

Conselho de Segurança da ONU.Créditos: Loey Felipe / ONU
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O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (5) uma resolução que orienta todos os Estados-membros a cessarem a “venda, transferência e desvio de armas, munições e outros equipamentos militares para Israel".

O texto, apresentado pelo Paquistão em nome dos 55 Estados-membros das Nações Unidas na Organização de Cooperação Islâmica, foi aprovado por 28 países. Outros seis  votaram contra e foram registradas 13 abstenções.

A proposta foi aprovada com forte apoio do governo Lula, que mudou a posição do Brasil em relação à diplomacia de Jair Bolsonaro, sempre pró-Israel.

Essa foi a primeira participação do país em uma discussão como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Embaixador brasileiro na ONU, Tovar Nunes da Silva justificou o voto brasileiro alegando que é preciso  "acabar com a impunidade" e citou a condenação de Israel por genocídio na Corte Internacional de Justiça.

Além da proposta de embargo de armas, a resolução "condena o uso da fome de civis como método de guerra", pede um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e "condena as ações de Israel que podem equivaler a limpeza étnica".

Dados apresentados pela organização mostram que, em média, 63 mulheres palestinas estão sendo mortas por dia.

Nesta quinta-feira (4), o Ministério da Saúde de Gaza divulgou informe que mopstra que 33.037 civis foram mortos no genocídio promovido por Israel deste o início de outubro.

Mais de 14 mil palestinos mortos eram menores de idade. Há ainda cerca de 10 mil desaparecidos e 75 mil feridos.