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Trump preso por violar ordem judicial? "Prisão pode ser necessária", diz juiz

Ex-presidente dos EUA é alertado e pode ser detido se não parar de violar a ordem

Créditos: Steve Baker/Flickr
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Nesta terça-feira (30), o juiz Juan Merchan, que preside o julgamento de Donald Trump por fraude nas contas de campanha e tentativa de manipular as eleições de 2016, ameaçou o prender o ex-presidente do país.

Existe uma ordem judicial que reforça uma ordem de silêncio contra Trump. Ele não pode falar sobre os envolvidos no caso,  incluindo testemunhas e membros do júri ou delatores.

Segundo Merchan, Trump violou a ordem nove vezes nas últimas semanas em postagens na plataforma Truth Social e no site de sua campanha presidencial.  

A ideia do presidenciável era desmerecer Michael Cohen e Stormy Daniels, delatores do caso. O juiz multou o candidato em U$9 mil, ou mil dólares por cada violação, e ordenou a exclusão dos posts.

O problema é que a multa máxima pela quebra de ordens desse tipo é de de US$ 1 mil. O próximo passo seria... prender Donald Trump.

O ex-presidente "violou a Ordem ao fazer postagens em redes sociais sobre testemunhas conhecidas relacionadas à sua participação neste processo criminal e ao fazer declarações públicas sobre jurados neste processo criminal", disse Merchan em decisão.

Como não há multas mais altas, o juiz sugere que o tribunal "deve portanto considerar se, em alguns casos, a prisão pode ser uma punição necessária."

"O réu é aqui advertido de que o Tribunal não tolerará violações intencionais contínuas de suas ordens legais e que, se necessário e apropriado sob as circunstâncias, imporá uma punição de encarceramento", completa.

O julgamento de Trump

Antes das eleições de 2016 (vencidas por Trump), o então candidato subornou a atriz pornô Stormy Daniels para que ela não falasse do encontro sexual que teve com o futuro presidente.

Trump utilizou recursos da campanha para realizar o pagamento de US$ 130 mil a Daniels, que assinou o acordo de confidencialidade sobre o caso extraconjugal.

Michael Cohen, contador, advogado e assessor de Trump na campanha de 2016, confessou que falsificou os documentos da campanha para conseguir pagar Daniels.

Trump, portanto, teria ordenado a falsificação de documentos de campanha e subornou uma pessoa para manipular os resultados eleitorais de 2016.

Daniels confirmou o encontro e quebrou a confidencialidade do acordo, inclusive publicando um livro sobre seu encontro com Donald J. Trump e outros temas.

Desde o dia quinze, Trump está sendo julgado no tribunal nova-iorquino. Ele pode pegar entre um e três anos de prisão, mas provavelmente vai cumprir pena com algum tipo de limitação moderada e pagamento de multa.

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