TIO PAULO

Radical trumpista usa o morto na agência bancária do Brasil para atacar Biden

Ryan Fournier, fundador da organização "Estudantes com Trump", comentou em vídeo que mostra a mulher do Rio de Janeiro com um cadáver no banco tentando obter um empréstimo

Ryan Fournier, apoiador fervoroso de Trump, usa caso do homem morto levado à agência bancária para atacar Trump.Créditos: Reprodução
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Em meio à repercussão internacional do caso "tio Paulo", idoso que já estava morto quando foi levado a uma agência bancária por sua sobrinha, no Rio de Janeiro, que tentava obter um empréstimo, um apoiador radical do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou a situação para atacar o atual presidente estadunidense, Joe Biden

Ryan Fournier, "ativista" republicano que fundou a organização "Estudantes com Trump", comentou em um vídeo que mostra o homem morto na agência bancária, publicado no X (antigo Twitter): "Faça-o presidente", escreveu. 

O comentário de Fournier é uma provocação a Joe Biden, visto que a idade avançada do mandatário é utilizada por Donald Trump para atacá-lo. O ex-presidente, inclusive, costuma a se referir a Biden como "Sleepy Joe", que em português significa "Joe dorminhoco". 

Veja a publicação: 

Caso do "Tio Paulo" repercute no mundo

O caso do idoso morto levado pela sobrinha ao banco para sacar R$ 17 mil repercutiu na mídia internacional. "Horror", "chocante" e "inacreditável" foram algumas das chamadas usadas para comentar a história macabra que aconteceu em Bangu, Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (16). 

The Guardian

O jornal britânico destacou que a sobrinha, Erika de Souza Vieira Nunes sabia que o idoso estava morto antes de levá-lo ao banco. A publicação ouviu um delegado, Fábio Luiz Souza, que afirmou que, em 22 anos de polícia, nunca tinha visto algo semelhante.  "Ela sabia que ele estava morto. Ele estava morto há pelo menos duas horas (...) "Nunca me deparei com uma história assim em 22 anos [como policial]".

The Sun

The Sun chamou o caso de "golpe descarado" e classificou o momento como de "terror". 

Clarin

O jornal argentino foi o que definiu o caso como "horror" na manchete e chamou de "bizarra" a tentativa da sobrinha.

"Erika de Souza Vieira Nunes, cuja bizarra tentativa de fraude gravada em vídeo por um funcionário do banco se tornou viral nas redes sociais, foi presa em flagrante e formalmente acusada dos dois crimes, informou a Polícia Civil da cidade brasileira", escreveu o jornal.

Daily Star

O jornal britânico Daily Star comparou o caso com o filme "Um morto muito louco", o que aconteceu aqui no Brasil também. “Um Morto Muito Louco da vida real! Mulher leva ‘tio’ morto ao banco para assinar o empréstimo, alegando que ele simplesmente ‘nunca fala'”, diz a manchete.

Na produção, dois amigos passam um final de semana com um morto, fingindo que ele está vivo, após descobrirem uma fraude de US$ 2 milhões. Eles também chegam a "obrigar" o morto a assinar, assim como no caso que aconteceu no Rio de Janeiro.

Daily Mail

O Daily Mail destacou as ações bizarras de Erika ao "obrigar" o tio a assinar, além de segurar a cabeça dele de modo suspeito, enquanto funcionários do banco questionam a palidez do idoso.

New York Post

O New York Post chamou Erika de "descarada" e também chamou atenção para o jeito suspeito que a sobrinha segura a cabeça do idoso. O jornal também comparou o caso com o filme "Um morto muito louco". 

"Em uma cena inacreditável, que lembra [o filme] "Um Morto Muito Louco", uma mulher brasileira supostamente levou o corpo de um homem idoso em uma cadeira de rodas até um banco no Rio de Janeiro para tentar conseguir que ele assinasse um empréstimo em conjunto", escreveu o veículo.

PerthNow

O caso repercutiu também no jornal australiano PerthNow, que deixou a notícia como destaque por algumas horas, e comentou as atitudes de Erika ao "obrigar" o tio a assinar.

"As imagens [do vídeo] mostram a mulher dizendo ao homem para segurar sua caneta e assinar o documento. 'Tio, está ouvindo? Você tem que assinar. Eu não posso assinar por você'".

La Nacion

O jornal argentino La Nacion chama a história de "horror no Brasil" e narra o caso macabro. 

Le Parisien

O francês Le Parisien também destacou as características do idoso e que, mesmo assim, a sobrinha "insistiu" para que ele assinasse o documento.