Nesta terça-feira (16), o governo paquistanês de Shebazz Sharif anunciou que proibiu o uso do Twitter no país durante o processo eleitoral deste ano por "grave ameaça à segurança nacional".
Durante os dias da acirrada eleição que garantiu a vitória da coalizão entre a centro-esquerda e o partido militar paquistanês, a rede social foi mantida fora do ar por conta de possíveis interferências externas no processo eleitoral do país.
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Elon Musk não se pronunciou contra o governo paquistanês e nem afirmou que não acataria mais as decisões judiciais do país com mais de 200 milhões de habitantes.
Na vizinha e inimiga Índia, o governo de direita do nacionalista Narendra Modi também tem feito diversos pedidos de censura no X, que tem gentilmente acatado as requisições.
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A Índia adota uma política forte de censura nas redes sociais. O TikTok, por exemplo, é banido do país por "ameaçar a integridade nacional". Vale lembrar que a China e os indianos possuem disputas territoriais correntes.
Mas não é somente no sul da Ásia que o X tem passado por problemas. A empresa está sob olhos atentos da União Europeia, que busca regulamentar a empresa tanto no fronte das verificações como na inteligência artificial.
Em dezembro do ano passado, o comissário de mercado interno da União Europeia Thierry Breton anunciou uma investigação contra o X por violação das obrigações de combate a conteúdo ilegal e desinformação.
O Twitter também está sendo investigado por suspeita de violação das obrigações de transparência e suspeita de design enganoso na interface do usuário.
Resta a pergunta: por que só a institucionalidade brasileira é atacada pelo bilionário amigo da extrema direita?