Toda a imprensa internacional atribui os atentados a tiros em Moscou da última sexta-feira (22) ao Estado Islâmico (ISIS) e o próprio grupo tem publicado evidências de sua responsabilidade pelos ataques.
Onze pessoas foram presas. Quatro eram cidadãos muçulmanos do Tajiquistão - área de possível influência do ISIS Khorasan, que atua em Paquistão, Afeganistão e países da região - foram detidos como responsáveis pelo crime que deixou pelo menos 137 pessoas mortas.
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Vídeos mostram o estado de saúde grave dos membros da célula terrorista em audiência em Moscou.
Contudo, o governo russo rejeita a hipótese de maneira oficial, e não atribui responsabilidade ao grupo em primeiro momento. Na imprensa internacional, um debate sobre o silêncio russo sobre o ISIS tem sido debatida em jornais como The Guardian e CNN.
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“A investigação continua. Nenhuma teoria sólida foi anunciada ainda. Esta é apenas uma questão de informação preliminar”, disse Dimitri Peskov, o porta-voz do Kremlin.
Questionado se aceitaria apoio dos EUA para inteligência, Peskov disse: “Nossos serviços de segurança estão trabalhando por conta própria, não há assistência em questão”.
Não se deve esquecer que um dos últimos atentados realizados pelo ISIS foi direcionado contra o Irã, na celebração que lembrou os quatro anos de morto do general Qassim Soleymani.
Os dois últimos grandes alvos do Estado Islâmico foram dois inimigos frontais de Israel e do Ocidente. O governo russo, ao que tudo indica, deseja entender se houve participação de outros países no atentado.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Maria Zakharova, mantém a narrativa: “Atenção – uma pergunta para a Casa Branca: você tem certeza de que é o Estado Islâmico? Você poderia pensar novamente sobre isso?", disse em artigo publicado neste fim de semano.