Pela primeira vez desde o início da ação militar na Ucrânia, a Rússia se declarou em "guerra", acusando o "ocidente" a atuar ao lado dos adversários. Até esta sexta-feira (22), o governo de Vladimir Putin afirmava que estava em uma "operação militar especial" no país vizinho.
"Estamos em estado de guerra. Sim, começou como uma operação militar especial, mas assim que ali se formou aquela companhia, quando o Ocidente coletivo se tornou um participante disso do lado da Ucrânia, para nós já se tornou uma guerra. Estou certo disso. E cada um deve entendê-lo, para sua mobilização interna", afirmou em entrevista a jornal russo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
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Em recado direto à Organização do Tratado Atlântico Norte, a Otan, conglomerado militar capitaneado pelos EUA que busca cooptar a Ucrânia, Peskov afirmou que a Rússia não pode permitir a existência nas suas fronteiras de um Estado que afirma publicamente que irá tomar a Península da Crimeia, bem como os novos territórios da Rússia, referindo-se às Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e às regiões de Zaporozhye e Kherson.
Em conversa com jornalistas, segundo a agência RT (Russian Today), Peskov afirmou que apesar do conflito “de fato se transformar numa guerra”, legalmente continua classificado na Rússia como uma operação militar especial e que nada mudou a esse respeito.