Nesta sexta-feira (23), o Conselho de Segurança da ONU votou uma proposta de paz dos Estados Unidos para a região de Gaza e Israel.
No documento, considerado uma proposta rebaixada pelos países árabes, os EUA propõem um cessar-fogo "sustentável" condicionado à libertação de todos os reféns israelenses sob as mãos do Hamas.
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Portanto, sem a concessão dos reféns, não haveria cessar-fogo e este estaria condicionado à entrega de assistência humanitária. Além disso, a proposta exige a "condenação do Hamas" como grupo terrorista.
Proposta rebaixada
Rússia e China rejeitaram a proposta. Os EUA rejeitaram diversas proposições anteriores, como as de Brasil, Rússia, Malta e Argélia, todas votadas no Conselho de Segurança e vetadas por Washington.
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“Para salvar as vidas dos civis palestinos, isto não é suficiente”, afirmou o enviado russo à ONU, Vasily Nebenzya, em discurso antes do voto.
A Argélia, que já havia apresentado uma resolução de paz para Gaza, também rejeitou a proposta em acordo com a posição da Liga Árabe.
“O texto apresentado hoje não transmite uma mensagem clara de paz”, disse Amar Bendjama, enviado argelino ao conselho. “É um passe livre para Israel continuar a matar civis palestinos”, completou.
“A segunda razão por trás deste veto não é apenas cínica, é também mesquinha”, disse Linda Thomas-Greenfield, enviada de Joe Biden à ONU.
“A Rússia e a China simplesmente não quiseram votar a favor de uma resolução que foi redigida pelos Estados Unidos porque prefeririam ver-nos falhar do que ver este conselho ter sucesso", afirma a enviada, que votou contra as resoluções de Brasil, Rússia, Malta e Argélia sobre o tema.