“El que corta, no cobra” ou “quem corta, não cobrará” era o lema do governo Javier Milei logo que tomou posse em dezembro de 2023.
As duras medidas de cortes econômicos resultaram em um disparo da inflação e aumento da pobreza generalizado na Argentina.
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Os problemas econômicos do país se aprofundam com a terapia de choque implementada pelo governo neoliberal e de extrema direita.
Mas Javier Milei aprovou em janeiro um decreto em que ele aumentava o seu salário e o de outras figuras do alto escalão do governo. Ele tentou jogar a culpa nas administrações de esquerda.
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Ele tinha usado as redes sociais para criticar o governo de Cristina Kirchner, por um decreto de 2012 que consolidava que servidores comissionados e de carreira deveriam ter aumentos atrelados. Milei mentiu, dizendo que aumentou seu próprio salário de maneira automática. Mas a realidade é que ele assinou um decreto para aumentar seus vencimentos.
Mas Cristina não deixou barato e questionou: por que Milei aumentou seu próprio salário em decreto de 2023?
“Quero pensar que você leu o que assina, certo? No [decreto] de janeiro você não incluiu expressamente as autoridades, e no de fevereiro você e seus funcionários foram incluídos. O meu decreto não tem nada a ver com isso. Cordiais saudações a você e ao seu gabinete”, concluiu Cristina.
Milei titubeou, tentou dizer que não era aquilo e que desconhecia o conteúdo do decreto, e que logo iria revogá-lo. Depois da prensa de Cristina, revogou.