Durante fala no Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (22), o secretário-geral dos Médicos Sem Fronteiras, Cristopher Lockyear denunciou que um abrigo da entidade foi alvo de bombardeios em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
"As forças israelenses atacaram os nossas ambulâncias, prenderam nossas equipes, demoliram os nossos veículos, hospitais foram bombardeados e invadidos", afirmou Lockyear.
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"Agora, pela segunda vez, um dos abrigos dos nossos funcionários foi atingido. Este padrão de ataques é intencional e indicativo de incompetência imprudente. Nossos colegas em Gaza temem que, enquanto falo com vocês hoje, sejam punidos amanhã", completou.
O ataque deixou dois mortos e seis feridos dentro da sede da organização em Rafah, o que a entidade definiu como uma evidência da "triste realidade de que nenhum lugar em Gaza é seguro, que as promessas de áreas seguras são vazias e os mecanismos de resolução de conflitos não são fiáveis", afirmou.
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Durante o discurso de Lockyear na ONU, ele ainda afirma que a segurança na região é praticamente inexistente e que ação internacional tem que ser tomada rapidamente.
"A resposta humanitária em Gaza hoje é uma ilusão. Uma ilusão conveniente que perpetua uma narrativa de que esta guerra está a ser travada de acordo com as leis internacionais. Os apelos à assistência humanitária ecoaram por esta câmara. No entanto, em Gaza temos menos e mais menos todos os dias, menos espaço, menos remédios, menos comida, menos água, menos segurança", completou.