EXTREMA DIREITA

Trump, em primeira entrevista pós-eleição, promete deportar crianças filhas de imigrantes

Presidente eleito radicaliza na imigração, critica a OTAN e garante indulto aos invasores do Capitólio

Trump em entrevista à NBCCréditos: Reprodução/Youtube/NBC
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O presidente eleito dos EUA Donald Trump deu sua primeira entrevista após vencer o pleito contra Kamala Harris em 5 de novembro de 2024.

Em conversa com a NBC, uma mídia comumente associada ao Partido Democrata, o republicano dobrou a aposta em diversas de suas propostas de extrema direita.

Imigração

O principal ponto abordado por Trump foi a questão da imigração. Ele afirmou que pretende deportar mais de 11 milhões de pessoas e estuda também deportar cidadãos americanos - em especial crianças - com pais ou parentes que migraram ilegalmente e tiveram filhos nos EUA.

“Não quero separar famílias”, disse Trump. “Então, a única maneira de não separar a família é mantê-los juntos e mandá-los todos de volta", completou.

"Temos pessoas entrando aos milhões... muitas delas não deveriam estar aqui. A maioria delas não deveria estar aqui", afirmou.

Perdão aos golpistas

Trump garantiu ainda que emitirá indultos presidenciais para indivíduos condenados pela tentativa de invasão do Capitólio em 6 de janeiro, já em seu primeiro dia no cargo, afirmando que "esses indivíduos estão vivendo um inferno" devido ao tratamento que recebem na prisão.

Otan

Sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Trump defendeu que os países contribuam financeiramente para suas propostas.

"Eles [Europa] não compram nossos carros, não compram nossos produtos alimentícios, não compram nada. É uma desgraça. E, ainda por cima, nós os defendemos", queixou-se em entrevista à emissora americana NBC. "Eu consegui centenas de bilhões de dólares para a OTAN só com uma atitude dura. Eu disse aos países: 'Eu não vou proteger vocês a menos que vocês paguem', e eles começaram a pagar", afirmou Trump. Ele também declarou que, caso sua proposta seja negada, poderá retirar os EUA da organização.

Além disso, Trump defendeu o corte do apoio militar à guerra na Ucrânia.

O presidente eleito dos EUA assume o cargo em 20 de janeiro de 2025.

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