INDÚSTRIA BÉLICA

Quem lucra com os mísseis da Ucrânia usados para atacar a Rússia? E quanto?

Mísseis ATACMS e Storm Shadows usados pela OTAN para atacar solo russo são máquinas de morte e dinheiro

Joe BidenCréditos: Wikimedia Commons
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A recente escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia promovida pelos EUA a partir da ordem de uso de mísseis ATACMS contra solo russo colocou o mundo em estado de tensão. 

A decisão americana foi acompanhada de um autorização do Reino Unido para utilização dos fatídicos mísseis Storm Shadow contra oblasts russos.

O ganho militar estimado com os mísseis é limitado, mas os ganhos econômicos que a intensificação do conflito pode trazer são notórios.

Cada míssil Storm Shadow custa US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5 milhões). Não se sabe com precisão quantos estão presentes na Ucrânia no momento.

A principal beneficiária é a fabricante MBDA, uma joint venture da francesa Airbus, da britânica BAE e da Leonardo, empresa de armas italiana.

Em 2023, a empresa bateu recordes de venda por conta de seus mísseis e sistemas de lançamento que serviram para reforçar as forças europeias depois das extensivas doações para as armadas ucranianas. 

Já os sistema ATACMS são mais claros: fabricados pela Lockheed Martin, a maior empresa bélica do complexo-militar-industrial dos EUA, eles custam algo entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão por míssil (entre R$ 5 milhões e R$ 7,5 milhões).

Atualmente, 50 mísseis do tipo estão em solo ucraniano segundo diferentes fontes, o que colocaria a situação na casa dos 75 milhões de dólares, algo em torno de R$ 430 milhões de reais.

Neste cálculo, não entram os sistemas e equipamentos adquiridos pela Ucrânia para lançar os mísseis, como as caças F-16 e os sistemas HIMARS.

Enquanto russos e ucranianos morrem, os bilionários da indústria bélica tem enxergado um crescimento significativo do mercado, com gastos atingindo níveis recordes por conta do genocídio israelense em Gaza e da Ucrânia.

Em 2023, os gastos globais com defesa foram relatados em cerca de R$ 1,7 trilhão, com projeção de aumento para R$ 2,1 tri em 2024.