A Ucrânia utilizou seis mísseis balísticos ATACMS para atacar a região russa de Bryansk, informou o Ministério da Defesa russo nesta terça-feira.
“Hoje, às 3h25, o inimigo atacou uma instalação na região de Bryansk com seis mísseis balísticos. Segundo dados confirmados, foram usados mísseis táticos ATACMS de fabricação americana”, informou o comunicado, divulgado pela RIA Novosti. A notícia também foi replicada pela RBC, agência de notícias ucraniana.
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O ataque ocorreu no mesmo dia em que o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, sancionou a nova doutrina nuclear do país.
A nova legislação sobre o uso de armas nucleares estabelece que a Rússia poderá recorrer a armamentos de capacidade atômica em resposta a qualquer “agressão” de um “Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear”.
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Para operar os mísseis ATACMS, a Ucrânia necessita de suporte tecnológico e de dados de satélites fornecidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). De acordo com a nova lei russa, isso poderia justificar o uso de armas nucleares contra países da OTAN ou contra a própria Ucrânia.
Até o momento, o Kremlin não se posicionou oficialmente sobre uma possível declaração de guerra à OTAN ou sobre o uso de armamento nuclear contra o território ucraniano.
Mais cedo, pelo Telegram, o ex-presidente da Rússia e aliado de longa data de Vladimir Putin, Dmitri Medvedev, fez declarações contundentes, classificando a situação como o início da Terceira Guerra Mundial.
“A utilização de mísseis da OTAN desta forma pode agora ser qualificada como um ataque dos países do bloco à Rússia. Neste caso, surge o direito de contra-atacar com armas de destruição em massa contra Kiev e as principais instalações da OTAN, onde quer que estejam. E esta já é a Terceira Guerra Mundial", afirmou Medvedev em seu canal do Telegram.
Com informações de RIA Novosti, Sputnik, Bloomberg e RBC.