A Argentina enfrenta uma enorme crise econômica nos últimos meses, com indicadores que apontam para uma recessão técnica. O PIB do país vizinho recuou 5,1% no primeiro trimestre de 2024, a segunda queda em menos de um ano. A pobreza aumentou substancialmente e atingiu mais de 25 milhões de pessoas no primeiro trimestre do ano, mais da metade da população do país.
O consumo privado caiu 6,7% e o público, 5%, as importações recuaram 20,1%, enquanto as exportações subiram 26,1%. O setor privado demitiu algo em torno de 177 mil funcionários entre novembro do ano passado e abril deste ano.
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Apesar de todos estes índices, o presidente Javier Milei afirmou nesta terça-feira (12), durante o “Meta Day” no Palácio Libertad, que a Argentina será uma “potência mundial” nos próximos 40 anos.
A mágica, segundo o político de extrema direita, é a série de medidas de desregulamentação e cortes em nível estadual que seu governo tem promovido. Milei anunciou ainda que “faltam 3.200 reformas estruturais”.
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Ele garantiu também, ao mencionar a importância da “corrida fiscal”, que “nos Estados Unidos já perceberam isso e estão copiando o nosso modelo. Elon Musk tem conversas com Federico Sturzenegger para ver como desregulamentar a economia”.
Fossa séptica
No mesmo tom, ele afirmou um dia antes a empresários na sede de Ualá, que a Argentina “está saindo da fossa séptica em que nos deixaram”.
Temos mais 3.200 reformas estruturais pendentes. E, certamente, se os argentinos se juntarem a nós nas urnas, faremos da Argentina o país mais livre do mundo”, disse Milei.
“Dentro de 20, 30 ou 40 anos, no máximo, a Argentina será a maior potência mundial”, encerrou.