Levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec), divulgado nesta quinta-feira (26), corroborou o que já vem ocorrendo há meses no país, em consequência do caos econômico e social provocado pelo governo de Javier Milei.
A pobreza atingiu mais da metade da população. O número de argentinos que estão abaixo da linha da pobreza avançou no primeiro semestre e alcançou 15,7 milhões de pessoas.
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A pesquisa contemplou 31 aglomerados urbanos da Argentina e concluiu que 52,9%, ou seja, mais da metade da população, vive em situação de pobreza.
Os números comprovam a crise em que Milei mergulhou a Argentina. O presidente de extrema direita completou 10 meses no governo, que continua sendo castigada por forte crise econômica e social, com dívidas elevadas, reservas internacionais diluídas e inflação na casa de 236%.
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Ao longo dos seis primeiros meses da gestão Milei, 3,4 milhões de pessoas entraram para a faixa da pobreza, conforme o levantamento do Indec.
O instituto usa o seguinte critério para definir se um cidadão argentino está abaixo da linha da pobreza: o Indec calcula o rendimento das famílias e o acesso a necessidades essenciais, o que inclui alimentação, vestimenta, transporte, educação e saúde.
Situação de indigência
Ainda segundo o levantamento, 5,4 milhões de pessoas estão em situação de indigência, o que corresponde a 18,1% da população. No segundo semestre de 2023, o número equivalia a 3,5 milhões de pessoas (11,9%).
Em relação às famílias, 1,4 milhão foram classificadas como indigentes (13,6%) no primeiro semestre deste ano, acima das 870 mil registradas no final de 2023 (8,7%).
O Indec considera em situação de indigência as pessoas que não têm acesso a, sequer, uma cesta de alimentos suficiente para suprir as necessidades diárias de energia e proteína.
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