O governo de Javier Milei se envolveu em mais uma crise devido a um atentado terrorista que chocou o país. Em 5 de setembro de 2024, um pacote-bomba explodiu na sede da Sociedade Rural Argentina (SRA), em Buenos Aires, ferindo levemente a secretária Pamela Sousa e outras três pessoas.
O artefato, que continha uma bateria e um circuito, detonou quando Sousa o abriu. Outro pacote, que se revelou inofensivo, foi detonado de forma controlada.
A Sociedade Rural é uma associação de latifundiários que tem apoiado o governo Milei, além de ter apoiado os governos de Mauricio Macri e a ditadura militar no país.
O governo de extrema direita, especialmente na figura de Patrícia Bullrich, ministra da Segurança, afirmou que se tratava de uma ação de "extremistas veganos."
Horas após essa declaração precipitada, foi descoberto o principal suspeito do envio: Alberto Soría, um homem de 40 anos, apoiador de Milei, que tinha um frango na geladeira de sua casa.
Ou seja, sem qualquer evidência concreta, Patricia Bullrich acusou um grupo inexistente por um ato criminoso, apenas para o público descobrir que se tratava de um apoiador do próprio Milei, e que não era vegano.
Soría segue sendo investigado, mas possui um álibi e não foi preso preventivamente. Outras hipóteses continuam sob investigação pela polícia.
Os "extremistas veganos" foram descartados como suspeitos, mas o estigma continua sobre a gestão de Milei, que vem acumulando fracassos na área de segurança pública, como o desaparecimento do menino Loan, de 4 anos, sequestrado na região de Corrientes, e um atentado terrorista contra um de seus apoiadores políticos.