Durante sua campanha à presidência no ano passado, Javier Milei afirmou que iria cortar as relações com os comunistas.
Em entrevista em outubro de 2023, disse: "Não só não farei negócios com a China, como não farei negócios com nenhum comunista. Sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não se enquadram nisso, nem os chineses, nem Putin, nem Lula".
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A realidade bateu à porta e o hoje presidente Javier Milei tem intensificado seu comércio com a China e se distanciando do Brasil em nível comercial.
Com uma queda no PIB projetada entre 3,5% e 5%, os argentinos tem, obviamente, comprado menos produtos brasileiros. Mas a dúvida fica para os próximos anos: com uma eventual recuperação econômica, poderia a Argentina se distanciar do Brasil?
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Para o Brasil, a China acaba se tornando o maior competidor no mercado argentino, e o Brasil precisa fortalecer suas relações bilaterais com Buenos Aires para se manter como principal parceiro comercial dos hermanos.
A relação comercial entre Brasil e Argentina é importantíssima para a indústria brasileira e para o setor agropecuário. Boas relações econômicas entre a Casa Rosada e o Planalto são cruciais para ambos os países.
Mas a mudança na postura de Milei sobre a Argentina ficou exemplificada em uma recente entrevista, em que disse que a "China é um parceiro muito interessante, porque não exige nada, a única coisa que quer é não ser incomodada”.
De comunistas a parceiros muito interessantes, Milei sinaliza um abraço os chineses e reforça seu antagonismo a Lula. Aliás, o presidente argentino estará presente na Cúpula do G20 em 18 e 19 de novembro.