O Reino Unido é o país que mais recebe imigrantes ilegais em toda a Europa, sugere o Observatório da Migração de Oxford.
São, atualmente, cerca de 745 mil imigrantes em território britânico; na Alemanha, o número é 700 mil, e, na Espanha e na França, não passam de meio milhão.
Te podría interesar
Os imigrantes vêm pelo Canal da Mancha, que separa o sul da Grã-Bretanha do norte da França, em pequenas embarcações — é uma das rotas mais perigosas para a travessia ilegal, com intenso tráfego de navios cargueiros e barcos de pesca.
De acordo com o levantamento, mais de 26.600 mil pessoas já fizeram a travessia este ano, um aumento de 5% em relação ao mesmo período no ano passado, em que o número foi de aproximadamente 25.330.
Te podría interesar
De acordo com o Observatório da Migração de Oxford, especialmente cinco países são locais de origem do fluxo imigratório: Irã, Albânia, Iraque, Afeganistão e Síria — juntos, esses países somavam dois terceiros das nacionalidades que imigraram ao Reino Unido por barco desde 2018.
Nos últimos dias, o crescimento no número de imigrantes ilegais tem se dado, provavelmente, devido à série de conflitos em curso no Oriente Médio, especialmente dos ataques de Israel às populações palestinas, libanesas e iranianas ao longo do território árabe.
Os imigrantes que se revelarem devem pedir asilo, modalidade definida na Convenção de Genebra e na Declaração dos Direitos Humanos como direito dos que fogem de perseguições e conflitos.
Na última sexta (4) e no sábado (5), conforme noticiou a RT, pelo menos 1.368 pessoas fizeram a travessia em direção ao Reino Unido, e um menino de dois anos, uma mulher e dois outros homens morreram ao tentar atravessar para o litoral da França.
O secretário do interior do Reino Unido disse em comunicado que o país precisa "desencorajar as pessoas" de imigrar ilegalmente, e "removê-las da economia" quando sua travessia for bem-sucedida.
Outras figuras políticas, como a secretária do interior Yvette Cooper, querem um orçamento de até 75 milhões de libras para reforçar a segurança das fronteiras, além de operações de investigação para lidar com os ilegais e "contrabandistas de pessoas".
Essas operações devem ser pensadas em conjunto pelas nações do G7, que compartilham as rotas de imigração mais populares, como as rotas marítimas de Bélgica, Holanda e França; a ligação da Itália ao Norte da África a partir do Mediterrâneo Central; e da França à Argélia e ao Marrocos pelo Mediterrâneo Ocidental.