O Alto Comissariado da ONU registrou pelo menos 2,5 mil mortes ou desaparecimentos registrados na travessia da África e do Oriente Médio para Europa por via do Mediterrâneo até 24 de setembro de 2023.
A travessia pelo Mar Mediterrâneo é uma das mais arriscadas rotas de imigração do mundo e, diariamente, centenas e até milhares de imigrantes oriundos da África e da Ásia tentam executá-la.
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"Até 24 de setembro, mais de 2.500 pessoas foram registradas como mortas ou desaparecidas em 2023. Este número representa um aumento de dois terços em comparação com as 1.680 pessoas [mortas ou desaparecidas] no mesmo período em 2022", disse Ruven Menikdiwela, diretora do escritório do Acnur em Nova York, durante uma reunião do Conselho de Segurança dedicada à crise migratória no Mediterrâneo, segundo a Agência France Press.
Em junho de 2023, ocorreu um trágico naufrágio na costa da Grécia, deixando dezenas de imigrantes mortos. Pelo menos 78 imigrantes morreram afogados e mais de 700 foram considerados desaparecidos depois que o barco em que viajavam afundou.
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Outros incidentes similares foram registrados em travessias com direção à Itália. Recentemente, mais de 5 mil imigrantes entraram na ilha de Lampedusa, que é descrita há anos como um 'campo de concentração' para imigrantes que tentam entrar ilegalmente em território italiano.
Desde o começo deste ano, a ilha italiana tem servido como local de desembarque para um notável contingente de migrantes que realizam suas viagens através de embarcações.
Segundo as estatísticas mais recentes divulgadas pelo Ministério do Interior, aproximadamente 118.500 migrantes alcançaram a costa italiana somente via marítima. Esse número representa mais que o dobro da quantidade registrada durante o mesmo intervalo de tempo em 2022.