De acordo com o Radio France Internationale (RFI), uma embarcação de migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha para chegar à Inglaterra naufragou na noite de quinta-feira (17).
A embarcação em questão, um bote improvisado em condições precárias, carregava cerca de 65 pessoas e um recém-nascido, que não sobreviveu à travessia.
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O bebê foi avistado durante uma operação de rasgate em Pas-de-Calais, região ao norte da França, quando os náufragos foram resgatados, à noite, com o auxílio de um helicóptero belga que sobrevoava o local em busca de vítimas.
De acordo com as autoridades francesas, o bote rasgou ao meio.
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O bebê de quatro meses, que se assume ser do Curdistão iraquiano, vinha junto aos pais e outras duas crianças, e foi encontrado depois pela equipe de socorristas, já sem vida.
A maioria dos passageiros era composta por cidadãos do Irã, Iraque e Albânia, disseram as autoridades, que iniciaram uma investigação por "homicídio culposo" em vista do ocorrido.
O veículo noticiou que cerca de 50 pessoas que estiveram presentes no acidente devem ser entrevistadas e tratadas como testemunhas do "crime".
As travessias no Canal da Mancha já aumentaram em pelo menos 5% este ano; os recentes conflitos nos territórios árabes e a falta de auxílio humanitário têm levado cada vez mais migrantes ilegais a tentar a travessia, que é considerada uma das mais perigosas e monitoradas entre as passagens com destino à Europa.
Em vista do aumento no número de população em trânsito rumo a países europeus, a União Europeia já estuda o endurecimento de leis e medidas anti imigração.
A Comissão do bloco aprovou recentemente uma medida que permite a transferência de imigrantes a "centros de retorno", isolados em regiões da Itália e da Albânia, em que devem permanecer até terem seus destinos definidos pelas autoridades.
Na segunda-feira da semana passada (14), conforme noticiaram veículos internacionais, o primeiro navio de imigrantes retidos, que trazia 16 homens, chegou à Albânia.
A administração da Comissão Europeia ainda deve oferecer ao bloco um novo "Pacto de Migração", com implementação prevista para 2026, que visa estabelecer regras mais duras de enfrentamento à migração ilegal.