Países do bloco europeu têm pressionado a Comissão Europeia e seus próprios governos pela adoção de medidas mais rígidas contra a imigração ilegal.
Nos últimos meses, a taxa de imigração ilegal aos territórios europeus aumentou significativamente (no Reino Unido, o aumento foi de 5% em relação ao mesmo período no ano passado). De acordo com os Estados, a chegada de mais imigrantes é um “problema político” e “uma ameaça à segurança”.
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A presidente executiva da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, eleita este ano para um segundo mandato da instituição (que deve durar até 2029), informou que, durante os dias 17 e 18 de outubro — quando os países se reunirão para discutir o problema —, a Comissão deve abordar 10 questões fundamentais para enfrentar o aumento migratório.
De acordo com a Reuters, a Alemanha já havia introduzido controles de fronteiras responsáveis por suspender temporariamente a liberdade de circulação entre seus vizinhos, a fim de evitar a chegada de mais "indesejados".
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E outros países do bloco, como França, Dinamarca, Itália e Suécia, também têm adotado fiscalizações mais rígidas nas suas fronteiras.
A nova proposta da Comissão deve trazer, agora, um conjunto de regras homogêneo para acalmar os países do bloco, sob o denominado "Pacto de Migração" — cuja implementação está prevista para 2026.
Mas, enquanto ele não chega, Von der Leyen quer que os países do bloco façam acordos de benefícios financeiros em troca de auxílio na contenção dos imigrantes, sobretudo para combater o tráfico de pessoas.
Turquia, Tunísia e Líbia seriam os parceiros alvos das políticas, por seu papel no transporte dos ilegais. Além deles, a presidente também mencionou o Egito, o Marrocos, a Argélia, Mauritânia, Senegal e Mali como possíveis parceiros.
Mas a política mais rígida em vista entre o bloco é a dos "centros de retorno", lugares a que os imigrantes seriam enviados quando não conseguissem o direito de permanência nos países de destino.
Com os centros, localizados em países como Itália e Albânia, até 36 mil imigrantes irregulares seriam transferidos por ano, para permanecer lá até serem deportados para seus países de origem.
Nesta segunda (14), o primeiro navio de imigrantes chegou à Albânia, onde devem, agora, aguardar seus destinos, conforme noticiou a AFP.
A embarcação italiana carregava um grupo de 16 homens, originários do Egito e de Bangladesh.