Nesta quarta-feira (24), começa a greve geral organizada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) da Argentina, a primeira grande paralisação contra a Lei Ônibus e o Decreto de Necessidade e Urgência, os dois pacotes ultraliberais promovidos pelo governo Javier Milei.
Uma grande manifestação está marcada para as 15h no horário de Brasília na porta do Congresso Nacional e outros protestos devem ocorrer em outras cidades.
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Voos do Brasil para a Argentina marcados para esta quarta-feira (24) foram cancelados e diversos setores, em especial o de transportes, devem sofrer com a paralisação.
Repressão
Patricia Bullrich fez a clássica cruzada antissindicalista no seu Twitter. "Sindicalistas mafiosos, gestores da pobreza, jovens cúmplices e políticos corruptos, todos defendendo seus privilégios, resistindo à mudança que decidiu a sociedade democrática e que liderou a determinação do presidente Milei. Não há greve que nos detenha, não há ameaça que nos amedronte", disse.
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A Ministra da Segurança afirmou ainda que pretende gravar as manifestações para processar os argentinos que participarem dos protestos pela lei antipiquetes, que criminaliza o fechamento de vias públicas para manifestações políticas na "libertaríssima" argentina.
Cerca de 52% da população argentina considera o governo Milei "muito ruim" e apenas 36% consideram o gestão "muito boa", com pouca margem para avaliações moderadas, segundo o instituto de pesquisa Zuban-Córdoba.
O chefe do sindicato ferroviário afirmou que “Acho que vai ser uma marcha muito grande e espero que seja ouvida, que não tenhamos problemas com ‘Pepita la Pistolera’ [Patricia Bullrich], nem com aquela ‘Margaret Thatcher do subdesenvolvimento’[Javier Milei] que temos na Argentina e que nós trabalhadores podemos nos expressar", disse o sindicalista durante entrevista no AM 750.