O presidente da Venezuela Nicolás Maduro fez duras críticas ao novo chefe de estado argentino, Javier Milei, durante uma fala no parlamento do país nesta segunda-feira (15).
Maduro discursou no Memoria y Cuentas, uma espécie de 'Estado da união' feito pelo presidente do país à Assembleia Nacional para abordar os principais temas do ano passado e fazer projeções para o futuro.
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Durante o discurso, Maduro - que vê a economia venezuelana crescendo e a inflação caindo aos poucos - aproveitou para criticar o ultraliberal, que vem avançando com propostas autoritárias e cortes sociais drásticos.
“Vocês foi colocado na Argentina para destruir o Estado de direito, para destruir o Estado, para destruir todos os direitos sociais e trabalhistas, para destruir a economia nacional e para colonizar a Argentina e entregá-la de joelhos ao imperialismo norte-americano, isto não é o caminho, Milei”, discursou Maduro.
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“Você está errado, Milei, não quero que você retifique, mas quero que esta mensagem chegue até você: você está errada, você é um erro na história da Argentina, você é um erro na história da América Latina, Milei, um erro fatal na história da Argentina ", destacou Maduro.
O presidente venezuelano ainda assinalou: "querem vender a ilusão de que ao encolher o Estado, a prosperidade e o progresso nascerão por geração espontânea”.
Inflação e crescimento
Com a revisão de algumas sanções dos EUA contra a Venezuela por conta da Guerra da Ucrânia, a Venezuela conseguiu voltar a exportar seu petróleo internacionalmente e conseguiu recuperar o crescimento de sua economia acima da média mundial. Em 2022, a economia venezuelana cresceu 8%, em 2023 cresceu 5% e a projeção é que cresça 4,5% em 2024.
Em dezembro, com o aumento de divisas do governo Maduro, a inflação desceu para o patamar de 2,4% ao mês, que ainda é alto, mas longe da casa dois dígitos que havia se tornado padrão no país.
Já na mão de Milei, o dezembro argentino foi marcado por uma inflação de 30%. Para janeiro, se projetou uma inflação de 25%. Para 2024 inteiro, os preços devem subir mais de 215%, estima a Bloomberg.