O presidente da Argentina Javier Milei chamou alguns governadores de "macacos" após eles apresentarem a ideia de criar moedas dentro de seus estados para combater a inflação.
No Decreto Nacional de Urgência emitido por Milei ainda em dezembro, o presidente ultraliberal do país criou a possibilidade de salários e contratos serem pagos com moedas "equivalentes" ao peso, o que garantiria a "concorrência" entre moedas e permitiria a dolarização ou o uso de criptomoedas para pagamentos de acordos.
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Agora, algumas províncias - lideradas por La Rioja - estudam a possibilidade de criar suas próprias moedas para concorrer com o peso argentino e para garantir maior estabilidade para suas economias locais.
O presidente, contudo, não gostou da ideia e chamou os gestores das províncias que apelam por essa ideia de "símios" por tentar implementar a concorrência monetária proposta por ele mesmo.
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“Deixem os governadores emitirem quase-moedas se quiserem, nesse sentido, o próprio mercado determinará que valor atribuirá aos seus respectivos governadores quando quiserem aceitar ou não as notas que emitem”, disse o presidente numa entrevista à rádio.
“Parece que somos dominados por macacos que acreditam no controle de preços, que acreditam que a emissão não gera inflação”, disse Milei e garantiu que a emissão de moedas locais “gera distorção” nos preços.
O primeiro governador a propor a medida foi Ricardo Quintero, chefe do executivo de La Rioja. Como o governo Milei cortou todos os repasses para os governos provinciais, Quintero, que é da oposição kirchnerista, propôs a criação de uma moeda para concorrer com o peso e garantir a manutenção dos serviços públicos da região.