GUERRA

21 mortos por Israel em Gaza; foguetes são lançados contra Tel Aviv

Após dois dias de operação israelense, grupos palestinos lançam contra-ofensiva e tensão aumenta na região

Bombardeios da Força Aérea Israelense à GazaCréditos: Foto/Reprodução/Youtube
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Nesta quarta-feira (10), observamos um escalonamento das tensões na região da Palestina e de Israel. Até o momento, somam-se 21 mortes entre civis e combatentes palestinos. Na manhã de hoje, vídeos de bombardeios sobre a cidade de Tel Aviv, capital do estado israelense, foram divulgados nas redes sociais.

A agressão de Israel foi iniciada para matar lideranças do grupo Jihad Islâmica Palestina. Três líderes da organização foram assassinados.

Além dos três líderes, outras 18 pessoas foram mortas, incluindo quatro crianças. A maioria dos ataques se concentrou na Faixa de Gaza.

A Jihad Islâmica Palestina é um grupo islamista, de ideologia parecida com a Irmandade Muçulmana e com Hamas, e busca a criação de um estado islâmico na região da atual palestina.

Segundo informações do Al Mayadeen, jornal libanês, diversas facções palestinas - incluindo o Hamas e a JIP - organizaram uma resistência coordenada. Nesta quarta-feira, foi lançada uma contraofensiva, com alvo em Tel Aviv.

"O bombardeio de residências, a violação da soberania palestina e o assassinato de nossos homens e líderes é uma linha vermelha que não deve ser cruzada", disse a sala de operações conjuntas da resistência palestina. "A agressão da ocupação será enfrentada ferozmente e o inimigo pagará caro por suas ações", continuou.

"Todas as opções estão sobre a mesa para a resistência palestina, e se a ocupação for longe demais com sua agressividade e arrogância, dias sombrios a aguardam", enfatizou ainda o comunicado.

O chamado 'Domo de Ferro' - tecnologia de defesa aeroespacial israelense que desintegra mísseis no ar - conseguiu manter a segurança da capital israelense.

O ataque de Israel aos Palestinos têm se intensificado desde o início do terceiro governo Netanyahu, o mais à direita da história israelense.

A gestão fundamentalista tem incentivado a colonização da Palestina, além da repressão constante aos palestinos muçulmanos da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém.

Analistas denunciam que o governo de Netanyahu tem intensificado o estado de guerra e ocupação contra os palestinos para conquistar poderes e aprovar sua legislação de reforma da Suprema Corte, que transformaria, na prática, Israel em uma teocracia.