TERROR EM GAZA

Ataques de Israel em Gaza matam 13, incluindo líderes da Jihad Islâmica e crianças

Porta-voz do grupo palestino disse que o "crime de Israel não ficará impune".

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Treze palestinos, incluindo três líderes da Jihad Islâmica e 4 crianças, morreram nesta terça-feira (9) em uma série de ataques aéreos executados por forças israelenses contra a Faixa Gaza. Segundo o ministério da Saúde palestino, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram imagens do ataque.

Foram mobilizadas 40 aeronaves israelenses para a operação contra três comandantes das Brigadas Al Qods, braço armado da Jihad Islâmica, em Gaza e em Rafah, na fronteira com o Egito. Eles foram identificados como Jihad al-Ghannam, comandante das Brigadas Al Qods para a Faixa de Gaza, Khalil al-Bahtini, membro do conselho e comandante para o norte do território, e Tariq Izz al-Deen, “comandante de ação militar” do movimento na Cisjordânia ocupada, que coordenava seu trabalho a partir de Gaza.

O porta-voz do grupo, Tareq Selmi, disse que o "crime de Israel não ficará impune".

Os bombardeios acontecem dias depois de um novo aumento da violência, após a morte, sob custódia das autoridades de Israel, de um jihadista que tinha iniciado uma greve de fome de 87 dias. A morte de Khader Adnan na semana passada desencadeou várias horas de combates na fronteira, nos quais um palestino foi morto.

Os ataques atingiram áreas residenciais na faixa densamente povoada, na qual 2,3 milhões de palestinos vivem numa área de 365 quilómetros quadrados.

CRIANÇAS

Crianças novamente foram vítimas dos bombardeios israelenses. A incursão aérea desta madrugada matou 4 menores. Outras ficaram feridas e carregarão as marcas da violência por toda a vida. 

 

HAMAS

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que tem dividido o seu tempo entre a Turquia e o Qatar, disse num comunicado que "o assassinato de líderes não trará segurança à ocupação, mas sim mais resistência".

Já o Ministério das Relações Exteriores da Palestina condenou veementemente o ataque de Israel e disse que uma solução política negociada é a única forma de alcançar segurança e estabilidade.

Mais de 100 palestinos e pelo menos 19 israelenses e estrangeiros foram mortos desde janeiro.

NABLUS
Logo depois da operação em Gaza, militares israelenses invadiram a cidade de Nablus, na Cisjordânia, um dos focos de meses de confronto entre tropas de Israel e combatentes palestinos.  A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino informou que 145 pessoas ficaram feridas na cidade da Cisjordânia.

Em um dos vídeos que circulam nas redes sociais, câmeras de vigilância mostram uma criança correndo e logo atrás soldados armados israelenses. 

 

Neste outro vídeo é possível o momento em que uma bomba é denotada logo após a passagem de uma coluna de tanques israelenses.