A modelo alagoana Gleise Graciela Firmino, de 30 anos, foi executada em 30 de janeiro pela polícia do condado de San Bernadino, na Califórnia (EUA), e desde então sua família sofre em dobro: por conta do próprio falecimento, o qual só foi informada após 10 dias, em 9 de fevereiro, e das dificuldades posteriores que encontra para repatriar o corpo.
Graciela vivia nos EUA há 8 anos, onde seguia a carreira de modelo. Segundo a versão da polícia, ela teria fugido de casa com uma arma após discutir com o seu companheiro. O homem, por sua vez, acionou as autoridades atrás da mulher.
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Encontrada pelos homens da lei horas depois, acabou sendo morta sob circunstâncias ainda não esclarecidas. De acordo com os policiais teria ocorrido um “encontro de forças letais”, mas os investigadores apontam que não há evidências de que ela tenha atirado contra a polícia. Dessa forma, ainda é investigada a motivação do crime.
A irmã da vítima, Cleane Firmino, confirmou ao Uol que as versões da polícia divergem. Em uma primeira versão, Graciela não atirou nos policiais, tendo ficado com a arma em mãos durante a abordagem. Mas em uma segunda versão ela teria sido a primeira a disparar. A mudança na abordagem teria vindo com a repercussão do episódio.
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“Agora estão alegando que ela atirou neles (policiais) com arma de fogo e que revidaram com um taser. Só que não existe isso, de uma pessoa apontar ou chegar a disparar uma arma de fogo contra policiais americanos e eles revidarem com arma de choque. A gente está querendo que isso seja esclarecido”, declarou.
Muito distante, a família acompanha o caso do município de Penedo, no interior de Alagoas. O custo para repatriar o corpo gira em torno de R$ 75 mil, quantia da qual a família não dispõe.
“Perguntei ao consulado de Los Angeles se tinha algum meio da gente trazer o corpo dela sem ter custo para a família. Eles falaram que sim e que eu tinha que entrar em contato com o governo brasileiro para trazer o corpo. Entrei em contato com o Itamaraty e eles falaram que não era com eles”, contou. Por sua vez, o Itamaraty afirmou que não tem responsabilidade sobre o translado do corpo e que presta toda a assistência 'cabível' à família.