A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, convocou uma greve geral para o dia 24 de janeiro de 2024 contra as medidas ditatoriais do presidente ultraliberal Javier Milei. A manifestação será realizada no Congresso Nacional argentino.
A organização, que reúne diversos sindicatos do país, divulgou um “plano de luta” que, além da manifestação, também inclui uma apresentação judicial contra um decreto anunciado por Milei na última sexta-feira (22) e um projeto de lei enviado nesta quarta-feira (27) para o Congresso.
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O decreto, que pode ser revogado pelos parlamentares, impõe que empregadores argentinos não sejam mais obrigados a pagar o salário de seus funcionários com o peso, moeda oficial do país. Assim, os trabalhadores podem ser pagos com qualquer coisa “equivalento” ao salário, como carne, leite ou bitcoin.
Já o PL elimina regras trabalhistas, privatiza mais de 40 empresas estatais, faz mudanças no sistema eleitoral, aumenta impostos, expande o conceito de "legítima defesa" e introduz novos controles sobre manifestações de rua, declara emergência econômica no país e delega parte dos poderes do Legislativo ao Executivo até 2025. O projeto será discutido no dia 31 de janeiro de 2024.
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Articulações com parlamentares
A manifestação convocada também tem como objetivo solicitar reuniões com deputados e senadores e outras confederações trabalhistas para articular mais medidas para barrar o "Pacote de Milei".
Desde a posse do novo presidente, as ruas da Argentina já foram tomadas por diversas manifestações contra as medidas de Milei. Em apenas 18 dias de governo, mais de três protestos já foram convocados.