FLORESTA AMAZÔNICA

Fundo Amazônia: Reino Unido e França anunciam recursos para ajudar a preservar a floresta

Em Dubai, durante a COP28, Brasil recebe anúncio de doações dos dois países para iniciativa que tem como foco a redução de emissões de gases de efeito estufa e preservação da Amazônia

Créditos: Ricardo Stuckert - Lula e Macron na COP28
Escrito en GLOBAL el

O Fundo Amazônia vai receber investimentos do Reino Unido e da França. O anúncio dessas doações foi feito neste sábado (2), durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A ministra de Segurança Energética do Reino Unido, Claire Coutinho, anunciou a doação adicional de 35 milhões de libras (aproximadamente R$ 215 milhões). Esta doação soma-se aos 80 milhões de libras (cerca de R$ 500 milhões) previamente anunciados pelo primeiro-ministro Rishi Sunak em maio.

A assinatura do contrato para a transferência desse montante ocorreu com a presença do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia, criado em 2008 como uma das principais iniciativas internacionais para redução de emissões de gases de efeito estufa e preservação da Amazônia.

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um investimento de 500 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,68 bilhões) para a preservação da Amazônia nos próximos três anos.

A declaração foi feita através de uma publicação no X (antigo Twitter), onde Macron expressou o compromisso da França em trabalhar junto ao Brasil na conservação das florestas.

Macron revelou o investimento em uma foto postada com o presidente Lula , durante uma reunião bilateral na COP28.

Fundo Amazônia retomado pós-Bolsonaro

Desde sua criação, o Fundo Amazônia recebeu R$ 3,4 bilhões e financiou mais de 102 projetos de conservação e promoção de atividades sustentáveis na região, totalizando investimentos de R$ 1,75 bilhão.

A retomada do fundo ocorre após um período de paralisação durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, extinguiu os comitês responsáveis pela gestão dos recursos, resultando na suspensão do financiamento de projetos.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro de 2022, determinou a reativação do Fundo Amazônia, considerando inconstitucional a extinção dos comitês. Com a reinstituição dos comitês por decreto em janeiro de 2023 pelo presidente Lula, as atividades foram retomadas, permitindo novos aportes de recursos.

 

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar