Lula quebrou o protocolo na reunião do Grupo dos 77 nas Nações Unidas, o G77, realizada durante a COP28 na manhã deste sábado (2) em Dubai para denunciar o genocídio cometido pelo governo sionista de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza e fez um apelo pela paz.
Falando de improviso, antes da leitura do discurso preparado para o encontro com os líderes mundiais do G77 na Conferência da ONU que trata das mudanças climáticas, o presidente brasileiro fez um chamado "pela paz e pela sensatez para salvar o planeta, e não para o destruirmos em guerras".
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"Enquanto nós estamos discutindo a questão ambiental nós temos guerra entre Rússia e Ucrânia e temos uma guerra insana entre Israel e os palestinos, sobretudo na Faixa de Gaza. E é importante que a gente chame a responsabilidade das pessoas que estão em guerra que fica muito mais barato sentar numa mesa de negociação e encontrar uma solução pacífica. Não é possível que as pessoas não se deem conta de que a guerra nos tempos modernos não conduz à nada, a não ser a destruição de vidas, de casas, de prédios, de ruas, de ferrovias e rodovias", iniciou Lula.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é praticamente um genocídio. Porque só de crianças são mais de 6 mil que foram mortas, além de milhares desaparecidas. Mulheres fazendo cesarianas para terem filhos antes de serem atingidas por uma bomba. E eu penso que daqui do G77 a gente fizesse um chamamento àqueles que estão em guerra, que é hora de parar, é hora de conversar, é hora da sensatez tomar conta da alma humana para a gente acreditar que nós estamos trabalhando para salvar o planeta, não para destruí-lo com guerras. Salvar o planeta para que a gente possa viver em paz", emendou o presidente brasileiro.
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Em seguida, Lula voltou a cobrar da ONU mudanças na organização com vistas à reestruturação da governança global.
"Quero aproveitar a oportunidade para fazer um chamamento, inclusive ao nosso secretário-geral da ONU [Antonio Guterrez] para que a ONU dedique um esforço incomensurável para que a gente possa fazer um acordo e que nós, presidentes dos países aqui presentes, tomemos uma atitude de que ou nós mudamos o Conselho de Segurança ou nós colocamos mais países participando da ONU", exortou.
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