Em uma reunião histórica durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 28, em Dubai, no Emirados Árabes Unidos, o presidente Lula se encontrou com representantes de 135 entidades da sociedade civil brasileira.
O evento contou com a participação de porta-vozes dos povos indígenas, quilombolas, comunidade científica e da juventude do Brasil.
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Durante o encontro, Lula enfatizou a importância da participação ativa da sociedade civil na política e na formulação de políticas ambientais.
Ou a gente participa ou a extrema direita vai voltar com muita força, não apenas no Brasil, mas em muitos outros países. Significa que vocês, além de agentes reivindicadores, têm que ser agentes formuladores e agentes participativos. É mais que reivindicar. É participar. É mais que reivindicar. É ajudar a fazer.
Confira a íntegra da fala de Lula
Os representantes expressaram preocupações e propostas, incluindo a proteção de territórios indígenas e quilombolas e a criação de um Conselho Nacional pela Ação Climática e Meio Ambiente.
A atividade, organizada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, teve a presença de ministros e destacou a importância do envolvimento dos povos indígenas na agenda ambiental.
Lula ressaltou a relevância da sociedade civil nas discussões do G20, reiterando o compromisso do Brasil com a democracia e ações climáticas efetivas.
A reunião foi vista como um momento histórico e um avanço na inclusão dos movimentos sociais brasileiros nas discussões sobre o meio ambiente e a crise climática.
Representação no G20
Um dia depois de o Brasil assumir a presidência do G20, posto que o país ocupará até 30 de novembro de 2024, Lula afirmou que espera que a sociedade civil possa participar das discussões do grupo que reúne as principais economias do mundo — 19 países, mais a União Africana e a União Europeia.
Esse ano nós já temos uma tarefa que a gente não está habituado a fazer: nós temos o G-20. O G-20 é uma coisa muito importante, porque é a reunião das economias mais fortes do planeta. E nós queremos fazer uma grande participação social nesse G-20. Nós queremos que quando os chefes de Estado se reunirem em novembro a gente tenha, antes dos chefes de Estado, o resultado daquilo que é a decisão do movimento social brasileiro sobre o papel do G-20 no próximo período.
Referindo-se ao papel dos movimentos sociais no fortalecimento do ambiente democrático, o presidente fez um alerta: "Vocês aprenderam nos últimos tempos a compreender que muitas das coisas que vocês reivindicam, que vocês brigam o dia inteiro, dependem de uma coisa chamada: Fortalecimento da democracia no nosso país", afirmou.
"Se a gente não leva isso em conta, a cada eleição a gente vai reclamar que o poder legislativo está mais conservador. E se ele estiver mais conservador, mais dificuldade nós teremos de aprovar grande parte daquilo que vocês passam o ano inteiro reivindicando", concluiu Lula.